A renda média real do trabalhador cresceu 1,3% em maio na comparação com abril e 7,7% em relação ao mesmo mês no ano passado -a maior alta da série histórica da nova Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em março de 2003. Reajuste real do salário mínimo, inflação em queda e aumento das contratações com carteira assinada garantiram mais dinheiro no bolso do trabalhador.
Na comparação mensal, a renda subiu pelo quarto mês consecutivo. Com aumento de R$ 13,57 de abril para maio e de R$ 60,18 em relação a maio de 2005, o rendimento médio bateu em R$ 1.027,80.
A taxa de desemprego caiu 0,2 ponto percentual (variação estatisticamente estável para o IBGE). Passou de 10,4% em abril para 10,2% em maio.
Segundo o diretor do Instituto de Economia da UFRJ, João Sabóia, o reajuste real de 12% do salário mínimo teve um "impacto generalizado" no mercado de trabalho, atingindo mesmo aqueles que recebem mais do que o piso de referência ou estão na informalidade.
A inflação, não teve efeito, já que está controlada há vários meses. Para Sabóia, a tendência é a de que a renda continue em expansão em razão das eleições e de medidas como a intenção de reajustar o salário dos funcionários públicos. "Há o interesse do governo em botar renda na mão das pessoas neste ano."
Poucas contratações
O número de pessoas empregadas nas seis regiões metropolitanas pesquisadas (São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador) cresceu 0,6%, com acréscimo de 113 mil pessoas de abril para maio. Foi o primeiro dado positivo desde dezembro de 2005. Na comparação com maio do ano passado, a expansão da população ocupada foi de 0,8% -ou 151 mil pessoas a mais.
Formalidade
Mais uma vez, as contratações com carteira superaram as formas informais de inserção no mercado de trabalho, contribuindo também para o aumento da renda do trabalhador. Isso porque o rendimento dos formais é mais alto.
O emprego com carteira cresceu 0,4% em comparação com abril e 3,8% na comparação com maio. Já o sem-carteira subiu 0,1% de abril para maio e cedeu 6,8% ante maio de 2005. No caso do trabalho por conta própria, houve alta de 1,9% na comparação com abril e de 1% ante maio de 2005.
Helena
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