A Polícia Federal envia à Justiça, na próxima segunda feira, 75 dos 140 inquéritos instaurados sobre a Operação Sanguessuga. Quarenta e seis pessoas estão presas acusadas de participar do esquema de compras de UTI’s móveis superfaturadas, com dinheiro público. Escutas telefônicas revelam que um dos acusados tramava assassinar um jornalista de Brasília.
O ex-deputado Ronivon Santiago(PFL) saiu de Rio Branco, no Acre, às 2 horas da madrugada. Enquanto arrumava a mala, ele foi flagrado conversando com a filha. “Eles não sabem nada”, disse. Na noite de quinta-feira, chegou a Cuiabá o chefe da quadrilha, Darci José Vedoin, acompanhado de três assessores parlamentares, todos presos em Brasília. Darci comandava um esquema que deu um prejuízo de R$ 110 milhões ao governo federal. Ele é dono da Planan, empresa que nos últimos cinco anos forneceu mais de mil UTI’s móveis para prefeituras de vários Estados.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha pagava comissões a deputados e assessores parlamentares para que apresentassem emendas pedindo UTI’s móveis e ambulâncias para os municípios. O grupo fraudava as licitações para que os veículos fossem fornecidos sempre pela Planan, por preços superfaturados.
Uma ambulância comprada pela empresa por R$ 40 mil era revendida por mais de R$ 80 mil. “Esses valores quando chegavam à prefeitura eram repartidos entre as pessoas que teriam interagido com a organização criminosa”, disse o delegado da Polícia Federal Tardelli Boaventura.
Em uma conversa gravada com autorização judicial, o filho de Darci, Luiz Antonio Vedoin, negocia uma nova emenda com Francisco Machado. Ele é assessor do deputado Nilton Capixaba, do PTB de Rondônia.
Chico - botei mais 3 milhões e 400 reais.
Luiz - onde?
Chico - nos municípios.
Luiz - equipamento?
Chico - unidade móvel, equipamento e microondas...
Em outro trecho da conversa, os dois planejam o assassinato de um jornalista do ‘Correio Brasiliense’ que teria viajado a Rondônia para investigar as fraudes.
Luiz Antônio: e o jornalista, deu as caras ou não?
Chico: ele me falou...ele falou que...que...que tava, que tava lá; que ele tinha chegado lá em Rondônia.
Luiz Antônio: e tava...procurou alguém, fez alguma coisa lá?
Chico: não, procurou ninguém não. Procurou ninguém não!
Luiz Antônio: podia arrumar um jeito de mandar matar o cara lá, o que que você acha?
Chico: eu também acho que é uma boa.
O ex-deputado Ronivon Santiago(PFL) saiu de Rio Branco, no Acre, às 2 horas da madrugada. Enquanto arrumava a mala, ele foi flagrado conversando com a filha. “Eles não sabem nada”, disse. Na noite de quinta-feira, chegou a Cuiabá o chefe da quadrilha, Darci José Vedoin, acompanhado de três assessores parlamentares, todos presos em Brasília. Darci comandava um esquema que deu um prejuízo de R$ 110 milhões ao governo federal. Ele é dono da Planan, empresa que nos últimos cinco anos forneceu mais de mil UTI’s móveis para prefeituras de vários Estados.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha pagava comissões a deputados e assessores parlamentares para que apresentassem emendas pedindo UTI’s móveis e ambulâncias para os municípios. O grupo fraudava as licitações para que os veículos fossem fornecidos sempre pela Planan, por preços superfaturados.
Uma ambulância comprada pela empresa por R$ 40 mil era revendida por mais de R$ 80 mil. “Esses valores quando chegavam à prefeitura eram repartidos entre as pessoas que teriam interagido com a organização criminosa”, disse o delegado da Polícia Federal Tardelli Boaventura.
Em uma conversa gravada com autorização judicial, o filho de Darci, Luiz Antonio Vedoin, negocia uma nova emenda com Francisco Machado. Ele é assessor do deputado Nilton Capixaba, do PTB de Rondônia.
Chico - botei mais 3 milhões e 400 reais.
Luiz - onde?
Chico - nos municípios.
Luiz - equipamento?
Chico - unidade móvel, equipamento e microondas...
Em outro trecho da conversa, os dois planejam o assassinato de um jornalista do ‘Correio Brasiliense’ que teria viajado a Rondônia para investigar as fraudes.
Luiz Antônio: e o jornalista, deu as caras ou não?
Chico: ele me falou...ele falou que...que...que tava, que tava lá; que ele tinha chegado lá em Rondônia.
Luiz Antônio: e tava...procurou alguém, fez alguma coisa lá?
Chico: não, procurou ninguém não. Procurou ninguém não!
Luiz Antônio: podia arrumar um jeito de mandar matar o cara lá, o que que você acha?
Chico: eu também acho que é uma boa.
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