A cúpula semestral do Mercosul será realizada no dias 20 e 21 de julho na cidade argentina de Córdoba, onde a Argentina transmitirá a Presidência temporária do bloco ao Brasil, informaram nesta sexta-feira (19) fontes oficiais. Uma das questões centrais na agenda da reunião dos presidentes de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, os quatro membros plenos do Mercosul, e Venezuela, que está perto de se se tornar o quinto deles, será a reforma institucional do bloco.
Também será debatido o código alfandegário comum, questão pendente há anos, disse o subsecretário argentino de Integração Econômica Americana e Mercosul, Eduardo Sigal. As cúpulas do Mercosul também têm a participação dos líderes de países que têm acordos comerciais com o bloco: Bolívia, Chile e Peru.
A data da reunião de Córdoba, capital da província de mesmo nome e localizada 700 quilômetros ao norte de Buenos Aires, foi marcada quando o Mercosul passa pelo pior momento desde sua criação, em 1991, devido ao conflito entre Argentina e Uruguai em torno da instalação de duas fábricas de celulose em território uruguaio, entre outras disputas internas. Nas últimas semanas, os presidentes do Paraguai, Nicanor Duarte, e Uruguai, Tabaré Vázquez, se queixaram das diferenças entre as economias dos países-membros do bloco, e deram a entender que pretendem negociar acordos comerciais com os Estados Unidos.
Sigal disse que "até o momento" não houve "nenhum pedido formal" de Paraguai e Uruguai para obter uma "permissão especial" que os autorize a firmar tratados de livre-comércio bilaterais com outros blocos ou países. Por outro lado, destacou que estão "avançadas" as negociações do Mercosul com Israel, Paquistão e Cuba para assinar "acordos comerciais" que devem ser formalizados "no marco da cúpula" de Córdoba.
Helena
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