Podem respirar aliviados o senador tucano Antero Paes de Barros, envolvido em tramóias com o criminoso João Arcanjo, o Comendador, e a cambada de sanguessugas que fraudou licitações públicas com recursos do Ministério da Saúde – suas safadezas rumam céleres para o esquecimento. Desde o final de semana as atenções da mídia oposicionista estão voltadas para a entrevista onde o Silvio Pereira diz que o esquema do valerioduto pretendia faturar inacreditáveis 1 bilhão de reais.
Apesar do depoimento não conter, a rigor, nenhuma novidade em relação aos depoimentos anteriores de Pereira, a não ser a fantasiosa cifra, a oposição saiu cacarejando pelo terreiro como se houvessem colocado um novo ingrediente na ração, capaz de comprometer o presidente Lula. Excitado com a perspectiva de um linchamento moral, Herr Bornhausen, do PFL, falou em impeachment. Alckmin, o insosso, engrossou a voz para tentar responsabilizar o presidente. O macilento e patético Garotinho também ergueu-se da tumba onde sua candidatura à presidência está sendo embalsamada, para grunhir sobre a gravidade das declarações do ex-tesoureiro do PT. Com o mau-caráter que lhes é peculiar, todos desconsideraram o fato de que Silvio Pereira não implicou o Presidente da República no esquema do valerioduto. Para a oposição e seus servos na mídia, tudo o que ele disse é verdade, menos quando isentou o presidente de responsabilidade.
No entanto, a pérola mais reluzente foi a declaração do deputado Alberto Goldman: "Se Lula não sabia de nada, não tem menor condição de permanecer na Presidência". As palavras do vice-presidente do PSDB escancaram de vez os anseios golpistas do tucanato, pois se o presidente sabia de algo não tem condições de permanecer no governo, se desconhecia também não. Essa é a lógica dos celerados institucionais. Dá vontade de vomitar, diante de tanta canalhice.
Jens
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