A Folha de São Paulo é, simultaneamente, o melhor e o pior jornal do pais, porque, em termos de contraditório, publica o que nenhum outro jornal pública - o que a torna melhor do que a concorrência -, mas dissimula muito mal sua preferência pelo PSDB e com isso demonstra não ter a coragem que têm uma Veja ou um Estadão de assumirem suas tucanidades - o que a torna pior.
Domingo passado a Folha publicou uma denunciazinha (cuidadosamente dosada) contra Alckmin. Neste domingo, continuou tentando mostrar equilíbrio não deixando o assunto morrer. Mas foi na última coluna dominical de sua jornalista Eliane Cantanhêde que encontrei indícios de que o jornal sabe de alguma coisa que o público e o resto da mídia não sabemos. Prestem bastante atenção no papo da moça:
"(...) As TVs e as rádios, as capas dos jornais e as revistas expõem essas vísceras do governo e do PT. (...) é preciso dosar a pressão sobre o réu/adversário. Aperta e relaxa, bate e assopra, porque o risco de passar do limite é o réu virar vítima e conquistar a comiseração dos jurados (...) Há efetivamente o risco de o cerco tomar contornos de massacre - o que pode gerar pena e apoio (...)".
Alguém aí já percebeu onde quero chegar? Não?! Bem, então vou lhes dar uma mãozinha: a Folha é dona do renomado instituto de pesquisas de opinião Datafolha. Ora, alguém acredita que o jornal publica todas as pesquisas eleitorais que faz?
Para mim, pesquisa Datafolha não divulgada deve ter mostrado que o apoio da maioria a Lula começa a se cristalizar de forma irreversível devido à sociedade estar percebendo que os meios de comunicação partidarizaram-se em favor do PSDB e por isso estão tratando de tentar inviabilizar a candidatura do presidente à reeleição.
É claro que tudo não passa de teoria minha. Porém, uma teoria fundamentada na leitura que aprendi a fazer das entrelinhas da mídia. E, convenhamos: não é uma teoria pra lá de plausível?
Eduardo Guimarães
Cidadania.com
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