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domingo, 2 de abril de 2006

Alckmin vira vidraça

A fortaleza que preservou Geraldo Alckmin (PSDB) de investigações durante os seis anos em que esteve no governo de São Paulo começou a ruir. No momento em que ele assinava a carta de renúncia, na quinta-feira, para disputar a Presidência da República, parte da sua própria base aliada remexia gavetas e computadores na Assembléia Legislativa com a intenção de denunciar o ex-governador, que além dos quatro anos de mandato teve mais dois após a morte de Mario Covas, em 2001, período em que manteve poder absoluto no estado sem sofrer qualquer investigação parlamentar ou processo no Ministério Público e no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Material não falta para a artilharia. Ficaram engavetados 69 pedidos de CPIs, e pelo menos 974 contratos julgados irregulares pelo TCE já foram retirados do arquivo morto da Assembléia. Além disso, dezenas de gabinetes de deputados, até do aliado PFL, começaram a abrir novas investigações, a maioria apontando para mau uso do dinheiro público e direcionamentos para favorecer aliados, principalmente na própria Assembléia, onde Alckmin detinha o controle de pelo menos 62 dos 94 deputados.

— Não é de agora que estamos mostrando irregularidades no governo. A novidade é que, com perda do controle sobre o Legislativo e as tentativas que ele tem feito para buscar visibilidade nacional, Alckmin começa a aparecer como realmente é. Aqui na Assembléia é como se tivessem tirado uma lona e colocado uma rede no lugar. Vamos usar a rede para pegar os peixes grandes — diz o corregedor da Assembléia, deputado Romeu Tuma Júnior (PMDB), que começa a investigar as denúncias de favorecimento do governo a deputados da base.

Desde o ano passado, o comando da Casa saiu das mãos do PSDB para o PFL, contra a vontade de Alckmin. As articulações já vinham se tornando difíceis para o governador.
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Enviado pelo leitor Wesley

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