O Jornal da Band e o Jornal da Nacional, nesse sábado, 4 de março, usaram seletivamente a sua combatividade ao divulgar notícias referentes ao trabalho das CPIs em atuação no Congresso.
Ambos fizeram uma opção preferencial por reportagens da revista Veja, uma que veicula as acusações de um presidiário contra o ministro Antônio Palocci e outra sobre as supostas revelações que o empresário Marcos Valério estaria disposto a fazer, entre as quais a de que o apresentador Ratinho teria sido pago para elogiar Lula.
Ambos fizeram uma opção preferencial por reportagens da revista Veja, uma que veicula as acusações de um presidiário contra o ministro Antônio Palocci e outra sobre as supostas revelações que o empresário Marcos Valério estaria disposto a fazer, entre as quais a de que o apresentador Ratinho teria sido pago para elogiar Lula.
A Istoé também mereceu a citação por conta de uma reportagem envolvendo o ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, envolvido com um suposto depósito de R$ 500 mil para pagar uma dívida do senador tucano Eduardo Azeredo com Marcos Valério (ah, as más companhias!)
Estranhamente, ambos telejornais silenciaram sobre as bombásticas revelações da CPMI dos Correios que atestam que o senador ACM foi o padrinho de um rombo de cerca de R$ 850 milhões na Previ, veiculadas pela revista Carta Capital. Por pressão do senador, o fundo previdenciário dos funcionários do BB fez um investimento milionário e desastroso no Complexo Turístico do Sauípe, na Bahia. (leia matéria nos posts Na era FHC, Previ teve prejuízo de 1,5 bi e Isso é que é prejuízo).
Não, pensando bem não tem nada de estranho na atitude dos telejornais. ACM como se sabe faz parte da oligarquia desse país, e a elite, da qual fazem parte os barões da mídia, protege os seus. Certamente é o mesmo sentimento de proteção que determina a postura complacente da imprensa com qualquer assunto relacionado com a Lista de Furnas.
Registre-se, em obediência aos fatos, que ambos os telejornais deram espaço para que os acusados refutassem as acusações. (Ratinho distribuiu nota classificando a acusação de Veja como absurda e fantasiosa).
Já a publicação da Editora Abril não se deu ao trabalho de cumprir a regra básica do jornalismo que é ouvir o outro lado. A revista julgou, condenou e publicou.
Mordaz, o escritor inglês Mark Twain, costumava dizer que a regra da imprensa era primeiro apurar os fatos e depois distorcê-los à vontade. Veja parece seguir esta cartilha, inspirada pelo conselho do ministro da Propaganda Nazista, Joseph Goebbels (sempre ele): "caluniai, caluniai. Alguma coisa restará".
Veja: de indispensável, passou a repugnante.
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Jens
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