O presidente Lula concedeu uma entrevista à revista britânica The Economist, considerada uma das melhores e mais influentes do mundo (ela é tudo o que as grandes revistas nacionais gostariam de ser e não conseguem), e com isso atiçou a ira do monstro verde da inveja entre os tucanos.
O governador Alckmin se disse impressionado com a declaração do presidente de que não tem pressa para o país crescer. "Fiquei extremamente impressionado, é o anti-juscelino. Tudo o que o Brasil precisa é pressa para tirar o atraso, para diminuir a pobreza, fazer inclusão".
O governador paulista não leu a entrevista ou é cínico.
A declaração do presidente Lula, descontextualizada por Alckimin por desinformação ou má-fé, foi " não quero crescer 10% ou 15% ao ano. Quero um ciclo duradouro de crescimento médio da ordem de 4% ou 5%."
Lula também disse que não se pode julgar um partido porque meia-dúzia de pessoas cometeram erros. Reconheceu que o PT sofreu um "massacre justificável". "Tem muito a explicar à sociedade."
Ressalvando que "o Brasil fez menos do que se esperava em educação e saúde", a Economist considera que comparar os indicadores do país quando Lula tomou posse e hoje "é como olhar para duas economias diferentes". Quanto ao mensalão, a revista inglesa acha que "continua sendo um mar de suposições, pontilhado por ilhas de fatos".
Por fim, para exasperar ainda mais os tucanos, The Economist sentencia que "Ele [Lula] tem o potencial de se tornar um dos mais notáveis políticos democráticos da América Latina. Mas a maior parte do seu trabalho ainda está por fazer".
Ontem, em Brasília, o presidente Lula também fez menção a JK. Afirmou que se preocupa em garantir que "os propósitos não se esgotem em discurso." E concluiu: "Devemos seguir o exemplo de Juscelino Kubitschek, que soube transformar seus sonhos em conquistas e benefícios para o Brasil ."
Jens
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