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sábado, 4 de março de 2006

NA ERA FHC, PREVI TEVE PREJUÍZO DE R$ 1.5 BI

http://www.informe.org.br
Matéria publicada na edição da última sexta-feira do Jornal do Brasil confirma o envolvimento de operações irregulares de fundos de pensão realizadas na época do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o texto, assinado pelo jornalista Hugo Marques, a sub-relatoria de Fundos de Pensão, recebeu documentos demonstrando que três dos maiores investimentos da Previ - fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil - acumulam prejuízos acima de R$ 1,5 bilhão na era FH, segundo documentos da própria Previ, que chegaram às mãos de alguns parlamentares.

A Revista Carta Capital também denuncia os prejuízos.
Entre os maiores prejuízos estão os investimentos no Complexo Turístico do Sauípe, na Bahia, onde a Previ investiu R$ 1,018 bilhão - via carteira de investimento do complexo hoteleiro - e hoje amarga um prejuízo de R$ 846 milhões.
Para o deputado Maurício Rands (PT-PE), relator-adjunto da CPMI dos Correios, quanto mais se avança nas investigações mais fica fragilizada a tese inicial das oposições que queriam passar a versão de que todos problemas existentes em financiamento de campanhas tinham surgido a partir do governo Lula. "Essa tese não se sustenta porque, infelizmente, os problemas de irregularidades na administração pública no Brasil são antigos e profundos e não seriam eliminados da noite para o dia", considerou.

Controladoria - Segundo avaliação de Maurício Rands, a diferença do atual governo para o governo anterior é que o governo Lula tem uma política clara de combate a esses desvios na administração brasileira. "Tanto que a ação da Polícia Federal foi reforçada, nunca foram feitas tantas punições em casos de crimes de colarinho branco e, por sua vez, o Ministério Publico não tem a sua frente um engavetador geral da República, mas um procurador que age com independência", disse. Rands lembrou ainda que no governo Lula a Controladoria Geral da União foi totalmente reformulada para ajudar na luta contra os desvios de recursos públicos.
Sobre a Previ o deputado foi enfático: "o que se vê é que, as contrário das insinuações que haviam sido feitas pela oposição, o aprofundamento das investigações está demostrando que há mais problemas no período do governo anterior do que no atual governo".

Revista - O site da revista Carta Capital também divulga a notícia. A revista sustenta que no dossiê preparado pela Previ, um documento-espelho do sistema de contabilidade gerencial do fundo revela que, em dados atualizados até 31 de outubro de 2005, o prejuízo da fundação com a construção e manutenção de Sauípe, por exemplo, chega perto dos R$ 850 milhões.

"É uma perda monumental sob qualquer ponto de vista, mas o número fica mais expressivo quando comparado ao trabalho desenvolvido por ACM Neto na sub-relatoria dos fundos de pensão. Há cerca de dois meses, o deputado baiano apresentou um relatório parcial no qual lista operações financeiras entre 2000 e 2005 que supostamente lesaram 14 fundações federais, estaduais e privadas. O total dos prejuízos levantados por ACM Neto foi de apenas R$ 780 milhões", diz o texto da revista.

"No material enviado a deputados da base governista, a Previ relaciona documentos que mostram a interferência decisiva do avô do deputado, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), e de um dos principais aliados da família na Bahia, o governador Paulo Souto, para que o fundo de pensão bancasse a construção do complexo de Sauípe", afirma a revista.

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