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sábado, 4 de março de 2006

Mulheres nas alturas


A Força Aérea Brasileira ganhou nesta sexta-feira a sua primeira piloto. Isso mesmo, uma mulher, uma jovem de 20 anos. Foram quase três anos de treinamento e muito esforço, tudo para realizar o sonho de pilotar um avião.

Passos em direção a uma conquista. A cadete Daniele Lins se prepararou para ser a primeira mulher a fazer um vôo solo num tucano, avião de treinamento avançado da Força Aérea Brasileira.
Nas mãos, o mapa da área onde serão realizadas as manobras. O sorriso quase adolescente diminui um pouco a tensão imposta pela responsabilidade. “O caminho para percorrer até chegar aqui ia ser bem difícil, e foi realmente“, disse ela.

A carioca de 20 anos entrou para a força aérea em 2003, ano em que foi autorizado o ingresso de cadetes do sexo feminino na instituição. Ao todo foram 19 garotas, mas apenas 11 chegaram ao último ano.

Dez dias de ansiedade. Esse foi o tempo que Daniele teve que esperar desde que os instrutores autorizaram que ela voasse sozinha. Na sexta, com o céu claro, chegou o momento em que finalmente uma mulher entra na reta final da formação de um piloto militar.

A decolagem foi tranqüila. Foram 50 minutos de vôo. No pátio, os oficiais mais graduados da academia da Força Aérea aguardavam a piloto. Ela recebeu os cumprimentos e o cachecol de vôo, dado a quem cumpre a missão. Uma mistura de alívio e felicidade. “O fato de saber que você está ali sozinha e qualquer coisa que acontecer você tem que ser responsável por tudo isso, e chegar bem, em segurança com a aeronave é muito bom“, emociona-se Daniele. “Estamos muito honrados pelo desempenho dela e ela tem superado, com toda a garra e determinação”, orgulha-se o tenente-coronel Flávio Campos, comandante da divisdão de instrução.

O batismo é feito com muita água. Depois de homenageada pelos colegas, toca o sino. É o anúncio da chegada da nova piloto, o ritual está completo. “Agora mais feliz ainda, de alma lavada. Literalmente!”, ri

Helena

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