Denúncias de fraudes no governo de São Paulo derrubaram ontem Roger Ferreira, assessor especial de comunicação do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Alegando que não gostaria de servir de pretexto para atrapalhar a candidatura de Alckmin à Presidência, Ferreira pediu exoneração depois de ter o seu nome envolvido no esquema de direcionamento de verbas da Nossa Caixa para deputados aliados na Assembléia Legislativa de São Paulo. Embora afastado do governo, Ferreira terá função estratégica na campanha presidencial de Alckmin.
Nós já concluímos uma sindicância. Eu não vou mandar investigar, disse Alckmin, procurando, inclusive, desqualificar a descoberta da troca de e-mails entre um de seus assessores e o ex-gerente de marketing do banco, Jaime de Castro Junior.
Internet - Os e-mails mostram que o dinheiro de publicidade do banco foi usado em jornais, revistas e programas mantidos ou indicados pelos deputados estaduais Wagner Salustiano (PSDB), Bispo Gê (PTB), Afanázio Jazadji (PFL), Vaz de Lima (PSDB) e Edson Ferrarini (PTB).
Com um sólido time governista na Assembléia, capitaneado pelo presidente da Casa, Rodrigo Garcia, o governador Geraldo Alckmin conseguiu abafar todos os 69 pedidos de CPIs apresentados pela oposição em seu governo. O pedido de CPI do caso Nossa Caixa, por exemplo, foi apresentado em fevereiro, mas ainda não foi aprovado.
Helena
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