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terça-feira, 28 de março de 2006

Cachorros loucos


Desde o afastamento do ministro Palocci, aumentou a inquietação entre a matilha oposicionista. Como cães ferozes e selvagens e hidrófobos, a oposição clama pelo sangue do presidente Lula. O deputado José Carlos Aleluia, do PFL quer nada mais nada menos que Lula renuncie a reeleição. O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati já anunciou os propósitos golpistas da oposição, afirmando que o alvo agora é Lula, através de ataques desferidos contra o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e o filho do presidente.

Outros vieram ao proscênio, babando e rosnando o seu ódio, como o senador ACM (o impoluto ancião que violou o painel do Congresso e usou seu poder para arrasar com a vida do homem que ousou casar com sua ex-amante) e o ped...ops, o senador Arthur Virgílio, aquele que gosta de "carne nova" (retirem suas filhas da sala, elemento perigoso no recinto). Nos Estados Unidos, o ex-presidente FHC também emitiu seus latidos, pontificando sobre ética – logo ele, o homem que comprou a reeleição, manipulou as privatizações e acobertou todos os crimes praticados em duas gestões, abortando, através favore$ a seus aliados, toda e qualquer CPI para investigar o seu (des)governo.

O presidente da OAB, Roberto Busato, num ato patético, vai promover na quinta-feira uma manifestação de apoio ao caseiro Francenildo, o herói sem caráter.
E a grande imprensa? Bem, a grande imprensa é isso o que sabemos todos: amestrada, repete fielmente os latidos dos mestres. E ainda abana o rabo.

Toda essa movimentação tem um objetivo claro: inviabilizar a candidatura à reeleição do presidente Lula, provocando um desgaste tão grande no governo que permita a vitória do candidato tucano-pefelista Geraldo Alckmin (não por acaso poupado de maiores constrangimentos diante do escândalo da Nossa Caixa). A oposição e a mídia amiga já perceberam que Alckmin não tem estofo político e programático ameaçar a reeleição de Lula. Por isso, as mentiras, as leviandades, as aleivosias, as propostas golpistas veladas, os latidos e os rosnados. Os próximos meses serão assim, para infelicidade do povo brasileiro.

Parafraseando Érico Veríssimo: numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, o mínimo que cada um de nós que apóia o presidente Lula pode fazer é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto.

Jens

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