O deputado Osmar Serraglio está cumprindo exemplarmente a função de bedel do PSDB e do PFL na CPI dos Correios. Primeiro, tentou escamotear a ação do valerioduto na campanha do chefe tucano Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais em 1998. Depois, tratou de descartar qualquer investigação mais profunda e consistente sobre a Lista de Furnas. Contentou-se com o desmentido óbvio de Dimas Toledo. Quanto a possibilidade de ouvir o lobista Nilton Monteiro, que está implorando para depor na CPI e contar tudo o que sabe (e se dispõe inclusive a ser acareado com Toledo), Serraglio foge dela como o diabo da cruz, em consonância com os interesses, principalmente, de tucanos e pefelistas.
Agora, com a cara de sonso que lhe é peculiar, anunciou que vai pedir a quebra de sigilo contábil do diretório nacional do PT.
O presidente do PT, Ricardo Berzoini acusou Serraglio de agir com parcialidade (mais uma vez). Por que ele não pede também a abertura dos livros do PSDB mineiro, que praticou caixa dois em 1998?
Acuado, o deputado concordou em pedir a quebra do sigilo contábil dos tucanos mineiros. Os pedidos serão votados na sessão da CPI que acontecerá depois do carnaval.
Mas que ninguém se iluda: pelo comportamento que vem adotando até agora, é improvável que o relator dedique às contas do PSDB um décimo da atenção que vai dedicar às do PT.
O bedel sabe a quem deve fidelidade. E não é à imparcialidade.
Jens
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração