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terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

A ruína de Rigotto


O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, candidato à prévia do PMDB, criticou o baixo crescimento do Brasil nos últimos anos. Segundo ele, quando a campanha eleitoral iniciar, o PT e o PSDB terão que explicar aos brasileiros por que não foram criados os empregos necessários nos últimos 12 anos, quando ambos partidos passaram pelo Planalto. "Também precisarão justificar por que o Brasil não cresceu o que deveria", ressaltou.

Antes de cobrar alguma coisa de alguém, Rigotto precisa explicar por que está realizando um dos governos mais ruinosos de que se tem notícia no RS.

Eis alguns números do desastre que ele está produzindo:


* A produção industrial do RS fechou 2005 com o pior resultado entre os 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados revelam que o indicador acumulado de janeiro a dezembro teve resultado negativo de -3,5%, bem abaixo da média nacional no período, que foi 3,1%.

* Em 2005, foi registrada uma redução de 17.060 postos de trabalho. Somente na indústria calçadista, 16.160 trabalhadores foram demitidos em 2005. Os setores de metalurgia, mecânica, madeira e mobiliário também foram fortemente atingidos pelo desemprego.

* Uma das promessas de campanha de Rigotto foi construir um posto de saúde a cada quilômetro. Porém, desde o seu primeiro orçamento (2004), o governo mostrou desprezo pela saúde pública - já deixou de aplicar R$ 662,77 milhões no setor. Com esses recursos, poderiam ter sido construídos 4.380 postos de saúde no Estado.

* Outra promessa não cumprida foi a de não aumentar impostos. No dia 1° de abril de 2005, aumentou em 28% nas alíquotas da telefonia, energia elétrica e combustíveis.


Rigotto defende-se creditando a culpa pelos problemas do Estado à Lula (leia-se a política econômica do governo federal) e à São Pedro (leia-se a seca do início de 2005). No entanto, outros estados enfrentam problemas semelhantes e não registram o péssimo desempenho econômico do RS como o verificado na gestão Rigotto.

Os culpados têm outros nomes: a falta de um projeto de desenvolvimento para o Estado, privilegiando as carências da população na áreas do emprego, saúde e segurança, e, é claro, a velha incompetência.

Cuidado, não se deixem enganar pelo jeitinho de bebê chorão, o homem é manhoso...

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Jens

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