Foi Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda do Terceiro Reich quem, disse, entre outras pérolas, que uma mentira repetida mil vezes acaba transformando-se em verdade.
Pois bem, o PSDB e o PFL parecem estar seguindo esta orientação à risca em relação a Lista de Furnas. Negar, negar e negar a veracidade da lista é o que mais têm feito tucanos e pefelistas, tendo em vista que o documento abriga o nome de raposas felpudas das duas agremiações, que teriam recebido recursos da estatal para a campanha de 2002.
Um ilustre integrante do coro dos que advogam a falsidade do documento é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Além de considerar a lista falsa, ele acha que a Polícia Federal tem a obrigação de encontrar o autor do que chamou de crime.
"Investigar é sempre bom. Até porque, no caso da lista de Furnas, tem que ser descoberto os criminosos que fizeram isso. A Polícia Federal tem o dever de identificar os criminosos. Não é possível que não se consiga chegar à autoria dessa atividade criminosa. É dever elucidar o crime e apresentar para a sociedade os criminosos", disse.
O governador tem razão. A PF tem de investigar. E não só ela. O Congresso Nacional também, através da CPMI dos Correios, tem a obrigação de examinar o assunto, trazendo-o à luz do sol, para evitar que sobre ele caia a escuridão, só propícia aos criminosos.
Sei que vou me repetir, mas não há outro jeito: para elucidar a questão é imprescindível a convocação do lobista Nilton Monteiro, que diz conhecer a intimidade das tramóias tucanas no reino do caixa dois e está doidinho para abrir o bico.
Alckmin, que tem influência sobre a bancada no PSDB no Congresso, poderia instigar seus correligionários a aprovar a convocação de Monteiro (com direito a acareação com Dimas Toledo, suposto autor da lista). Prestaria assim um grande serviço à nação.
Ah sim, identificados, os criminosos devem ser exemplarmente punidos, independente de quem sejam. Se a lista for falsa, quem a elaborou deve pagar por isso; já se ela for verdadeira, quem deve ajustar contas com a justiça são os 156 parlamentares aquinhoados com o caixa dois.
Certo, governador?
Jens
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