As informações do relatório confidencial da Polícia Federal sobre o esquema de lavagem de US$ 30 bilhões através do Banestado, reveladas com exclusividade pela revista DINHEIRO em 2003, foram confirmadas pelas autoridades responsáveis pelo caso. Os policiais que conduziram as investigações no Brasil e em Nova York – delegado José Francisco Castilho Neto e perito Renato Rodrigues Barbosa – concordaram em falar à reportagem da DINHEIRO (leia a entrevista do delegado Castilho). Confrontados com os documentos, nos quais aparecem os nomes Jorge Bornhausen e José Serra, os dois reconheceram a autenticidade do dossiê. “Os documentos são verdadeiros”, assegurou Castilho. “Eles fazem parte da investigação policial”, garantiu.
Retirado do caso em fins do ano de 2002 pelo governo tucano, Castilho voltou a participar das apurações na gestão petista. Porém, acabou sendo afastado novamente por decisão do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, e do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, sob a alegação de que estaria cedendo informações à imprensa – Thomaz Bastos, em entrevista, o chamou de “delirante”.
Em maio de 2003, já fora do caso, ele foi convidado a integrar uma força-tarefa especial da Procuradoria da República, onde vinha trabalhando. “O delegado Castilho é a autoridade brasileira que hoje mais conhece do assunto”, elogia o procurador federal Luiz Francisco de Souza, que lidera a força-tarefa. “Seu conhecimentoé fundamental para prosseguir com as apurações”, enfatiza o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Tom Cruz
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