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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

CPI versus Supremo

A CPI dos Bingos vai tentar de novo quebrar os sigilos bancário, telefônico e fiscal do presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, que é amigo pessoal de Lula e teria, segundo a CPI, usado dinheiro do valérioduto para pagar uma dívida pessoal do presidente da República.
O Supremo já bloqueou pedido semelhante, e pode bloquear esse também.

Afinal, o motivo alegado para a quebra de sigilo não tem a nada a ver com o chamado "fato determinado" que motivou a criação da CPI: a investigação dos bingos e a lavagem de dinheiro em jogos eletrônicos.

A menos que os senadores consigam mostrar que há uma relação entre o pagamento feito por Okamoto e os bingos, a tendência do supremo é de voltar a pisar no freio. A Constituição é muito clara: quebras de sigilo são medidas excepcionais e precisam ter relação clara com o objeto de investigação. Não é o caso.

Os senadores não gostaram nem um pouco da decisão de Jobim. E acusaram o Supremo de atrapalhar as investigações. Jobim reagiu com ironia às críticas. Disse que elas não passam de uma síndrome de conspiração, muito comum nesse tipo de situação. E esclareceu que sua decisão foi técnica. E ponto final.

Para muita gente, ou a CPI dos Bingos, também conhecida como a CPI do Fim do Mundo porque atira pra tudo que é lado, calibra melhor a investigação, ou vai receber novos puxões de orelha do Supremo.

Franklin Martins

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