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domingo, 26 de setembro de 2010

Corrupção na imprensa paulista: esconderam as milionárias transações de Marcos Valério com a TELESP em 1997

Xii... Eduardo Azeredo (PSDB/SP) pode ser o pai do mensalão, mas parece que a mãe foram os demo-tucano paulistas. Pois os primórdios foram em São Paulo, em 1997, estendendo até 1998, quando ocorreu um esquema milionário dentro da TELESP com a empresa de Marcos Valério.

Deu no Jornal do Brasil (RJ), de 20/01/2006:


Entidades públicas administradas pelo PSDB teriam depositado R$ 104 milhões na conta de empresa de Marcos Valério

Daniel Pereira e Tina Vieira

BRASÍLIA - A CPI dos Correios demonstrou ontem que tem munição contra o PSDB. Uma nota técnica à disposição da comissão revela que uma conta no Banco Industrial e Comercial S/A (Bicbanco), da agência SMPB São Paulo, de propriedade de Marcos Valério Fernandes de Souza, recebeu em 1997 e 1998 cerca de R$ 104 milhões, em valores atualizados em novembro de 2005, de duas entidades públicas sob responsabilidade de governantes tucanos. Como no caso das operações efetuadas no governo atual, a CPI suspeita de desvio de recursos públicos para alimentar partidos políticos.

Além disso, vislumbra a possibilidade de comprovar que Marcos Valério opera esquemas de drenagem do erário pelo menos desde meados da década passada. Obtida pelo Jornal do Brasil, a nota técnica aponta depósitos e ordens de crédito a favor da SMPB São Paulo efetuados pela TELESP, então empresa de telecomunicações do Estado de São Paulo, e pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Em ambos os casos, o enredo não é original e envolve, por exemplo, pagamentos superfaturados por serviços não comprovados e saques em dinheiro vivo. A atenção da CPI dos Correios está voltada, sobretudo, para o relacionamento entre a Telesp e a agência de Marcos Valério.

Entre abril de 1997 e setembro de 1998, a empresa [TELESP] despejou na conta da SMPB São Paulo cerca de R$ 41 milhões, em valores da época, ou R$ 73,3 milhões, em números atualizados em novembro de 2005 com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

A maioria dos depósitos ocorreu antes das eleições gerais de 1998 e da privatização da Telesp, realizada em julho daquele ano. A nota técnica menciona indícios de que os depósitos ''podem ter apresentado irregularidades na sua utilização capazes de caracterizar desvio de recursos públicos''. Entre os indícios, destaca-se o fato de o contrato entre a Telesp e a SMPB São Paulo prever o pagamento de, no máximo, R$ 4 milhões. Ou seja, dez vezes menos do que o total depositado na conta da agência de Marcos Valério.

Diante da disparidade dos números, o presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS), enviou ofício à Telesp questionando se foram fechados outros contratos de prestação de serviço no período sob investigação e a relação discriminada dos pagamentos deles resultantes. Em resposta à CPI, a empresa declarou a existência apenas do contrato de R$ 4 milhões, assinado pelo então diretor Carlos Eduardo Sampaio Doria. Eleito deputado federal pelo PSDB em 1998, Sampaio Doria também foi presidente da Telesp.

Hoje, ocupa o cargo de diretor de controle econômico e financeiro da Agência de Transportes do Estado de São Paulo e tem assento no conselho consultivo da Fundação Mário Covas, governador de São Paulo entre 1995 e 2001, quando faleceu. Na resposta à CPI dos Correios, a Telesp reconheceu ainda que ''para alguns dos pagamentos realizados não estão disponíveis as informações sobre subcontratada, tipo de serviço e valor dos honorários, em razão do modo de arquivamento anterior ao período de privatização e além do prazo legal de sua manutenção''.

- Isso é gravíssimo, é um crime - disse o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), sobre os desembolsos realizados sem previsão contratual comprovada e sem a respectiva prestação de serviço.

Também causa espécie aos técnicos da comissão o fato de a SMPB ter repassado recursos para seis empresas que teriam sido abertas apenas para receber dinheiro oriundo do caixa da Telesp. As notas emitidas pelas empresas eram seqüenciais, ou seja, sinalizam que a então estatal era a única cliente delas. Todas as empresas são controladas pelos irmãos Ricardo...


Duplicatas da TELESP aparecem na denúncia do PGR contra Eduardo Azeredo

Na denúncia apresentada ao STF pelo Procurador-Geral da República contra Eduardo Azeredo, devido mensalão tucano, já aparecem duplicatas da TELESP sendo oferecidas como garantia ao Banco Rural pela SMPB para retirar empréstimos, que foram usados para financiar a campanha eleitoral.

PIG escondeu a notícia e blindou governo tucano paulista

Quantos dos amigos leitores tomaram conhecimento desta notícia?

E quem souber de alguma nota publicada sobre o assunto no PIG (Folha, Estadão, Veja ou Globo) favor avisar ao blog.

Ganha um doce quem conseguir garimpar uma nota no Estadão. O Grupo tinha contrato de fornecimento de Lista Telefônica para a TELESP, sem licitação, na época dos supostos ilíticos.

Leia também:
- Corrupção na Imprensa: Grupo Estadão teve contrato prorrogado sem licitação no governo tucano

9 Comentários:

Weiland disse...

vergonhaaaaaaa

Anônimo disse...

Re: Festa de Arromba no Jô Soares que não foi ao ar !!!


Você ainda está nessa de ver Jô Soares, acreditar em tudo que está escrito na Veja e no O Globo, achar o Arnaldo Jabor um "Jênio"( O J é de jegue).
Sinto muito em te informar que essa classe media está em extinção, está sendo substituída por uma classe media que era pobre até 8 anos atrás, e que sabe o que é melhor para ela, não fica ouvindo o que esse pseudos formadores de opinião dizem.
E não acham que as coisa boas estão nos outros países. Sabe que sua vida melhorou e não precisa ficar lendo jornais e revistas para descobrir isso.
Essa classe media sabe que 25 milhões de brasileiros saíram da pobreza, e sabe porque ela está no meio destes 25 milhões.
Ela também sabe que a bovespa se tornou a segunda maior bolsa de valores do mundo e que a Petrobrás fez uma capitalização de recursos de R$ 120 bilhões, sabe tudo isso porque essa classe media comprou ações da Petrobrás.
Pois é! Ela sabe que a taxa de desemprego e a menor da historia deste pais, mas só sabe disso porque os seus filhos, netos genros, pais, e até vizinhos estão empregados, não leram isso em jornais ou revistas.
Essa nova classe media não sobe em pedestais para ficar julgando os outros como se fossem Deuses acima do bem ou do mal.
Essa nova classe media que não acredita mais neste escândalos de corrupção semanal(em época de eleições), e já duvida dos escândalos antigos, porque está vendo que a mídia é quem cria esses factóides.
Sei que isso tudo que está lendo pode ser duro para você. Os três estágios da verdade é assim mesmo, e não dá para pular estágio. O primeiro é a ridicularizarão, o segundo é a oposição violenta( o estágio em que você se encontra). E o terceiro é a aceitação.
E espero que mude de opinião até dia 3 de outubro.
Abraços!

Anônimo disse...

Fabiano...muito bom lembrar sempre desta velha e presente classe média burguesa e egoista que se alia ao que há de mais vergonhoso na campanha eleitoral defendida por está mídia tendenciosa que á qualquer custo quer manter suas regalias a custa do povo brasileiro. Chega vamos dar um basta no dia 03 de Outubro.
Basta ver os contratos com o estadão e a Veja que eles mantém na surdina. O Povo já cansou deste malfeitores.

Anônimo disse...

Fabiano, comentário muito apropiado,.
Reforço a necessidade de até o dia 03 de outubro, que cada um dos que acreditam nesta nova classe média e seu esforço para fazer um Brasil diferente e mais humano, onde homens e mulheres juntos constroem uma nação mais inclusiva com vista a eliminação da miséria!!!!
Marie

André Oliveira disse...

Prezada editora..É por este motivo que o PIG e o José Serra te odeiam...Seu Blog mata a cobra , mostra a cobra morta e não quebra sigilo de ninguém..Parabéns e mantenha-se combativa, pois mais do que desmascarar o PIG e os demotucanos temos que zelar pela correta condução dos negócios públicos em todos os níveis..

josé lopes disse...

Se estão irregulares porque foram aprovadas? Prá que serve então o TCE/SP?

PauloBR disse...

Prezados editores do Blog. Isto não é um comentário, mas uma "dica" sobre algo relevante e que até hoje não vi ninguém aberiguar. Digo - e vocês poderão comprovar - que DUAS empresas do Sr. Marcos Valério, as agências SMPB e DNA, detinham a milionária verba publicitária do Banco do Brasil já em 1994, e continuaram a ter negócios com o BB na gestão tucana. Só o fato de as empresas pertencerem a um mesmo dono já invalidaria a licitação. Mas, é claro, aí tem mais...

Unknown disse...

Eles são cínicos e hipócritas, mas não rasgam dinheiro. Aos poucos começam a se ajeitar para conseguir algo da futura presidenta. Vide a Folha de hoje que apresenta algumas críticas a Serra Rubnei. Puro orportunismo.

armando do prado

Anônimo disse...

Além da Telesp tinha a Fundacentro, uma instituição do MTE e aparelhado na época pelo Roberto Jefferson.

"Ministério Público acusa empresa de Marcos Valério de ter recebido indevidamente R$ 5,4 milhões da Fundacentro no governo FHC"

É uma nota da Folha, 27/06/2005:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2706200506.htm

daSilvaEdison
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