Pages

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Em queda livre nas pesquisas, Serra se agarra a Quércia

Até ontem, José Serra (PSDB/SP) evitava aparecer em fotos ao lado de Orestes Quercia (PMDB/SP), a quem acusava no passado de fisiologismo e coisas piores.

Quércia foi político a vida toda, entrou pobre na política, e hoje tem uma das maiores fortunas, entre todos os políticos do Brasil. Por isso e por outras denúncias, em São Paulo, Quércia só perde para Paulo Maluf, em termos de imagem associada com a corrupção no imaginário popular, e perde por pouco.

Serra acreditava que Quércia poderia tirar votos, por ter alta rejeição no eleitorado paulista e também má imagem nacional. O problema é que Serra agora está sem votos. Quase não tem mais votos a perder, então, agora, apela para ciscar votos no terreiro de Quércia.

Hoje, aparecem sorridentes, lado a lado, fazendo campanha em um reduto demo-tucano, ligado ao "movimento CANSEI": na Associação Comercial de São Paulo, entidade ligada ao ex-secretário de Serra, Guilherme Afif Domingues, e candidato a vice de Alckmin.

Afif, em 2008, discursando na cidade de Mauá/SP, como secretário de Serra, insinuou que cariocas e baianos seriam "vagabundos", como se ainda pertencessem à nobreza da côrte imperial do passado, e insinuou o mesmo também para os beneficiários do bolsa-família:

"O Banco do Povo tem a cara do paulista, porque é feito para o trabalhador e nós gostamos de trabalhar. Isso desde os tempos do Brasil Império, porque aquele pessoal da côrte não gostava muito de trabalhar, não. Só chegamos onde chegamos por essa distância da côrte. Até hoje, onde ainda há tentáculos dessa cultura, existe essa falta de cultura do trabalho. Por isso há no Brasil essa situação em que alguns trabalham e pagam pelos benefícios dos que não trabalham".

Voltando à visita de Serra e Quércia, lá visitaram o impostômetro, uma impostura para deturpar a discussão honesta sobre reforma tributária no Brasil. Ao lado do impostômetro deveriam instalar o sonegômetro, para medir a sonegação dos maus empresários.

Serra sempre meteu a mão no bolso dos contribuintes, aumentando a carga tributária

Serra é um cínico quando faz críticas à carga tributária.
Quando ele estava no governo FHC, apoiou o maior aumento da carga tributária da história.
Como governador ele meteu a mão no bolso dos paulistas.
A maior carga tributária no preço da gasolina é do ICMS, imposto estadual.
O mesmo acontece na conta de Luz e de telefone.
Por isso que Serra não critica, pelo contrário, elogia a privataria das teles, adorando uma tarifa telefônica alta: seu governo ficava com uma bela porcentagem do que o cidadão paga, através do ICMS.
Serra se recusou a reduzir o ICMS de material de construção, para o programa Minha Casa, Minha Vida, enquanto Lula e Dilma zeraram o IPI (imposto federal).
Se recusou a reduzir o ICMS sobre eletrodomésticos na crise internacional. O governo federal abriu mão do IPI para aumentar as vendas e manter empregos, mas Serra se aproveitou disso para arrecadar mais em plena crise, mesmo sacrificando empregos em São Paulo.
Serra, quando governador, promoveu aumento do IPVA acima da inflação.
Seu pupilo na prefeitura, promoveu tarifaços, aumentando em muito o IPTU, também acima da inflação.
Em plena crise internacional, Serra implantou o método de cobrança do imposto antecipado, por substituição tarifária. Isso estrangula as empresas, porque retira capital de giro, exige recorrer mais aos bancos, aumento o custo financeiro, e na época da crise só os bancos oficiais estavam emprestando. Quem mais sofreu foram os pequenos e médios empresários.
Enfim, esse discurso fajuto de Serra, é mais falso do que uma nota de 3 reais.

4 Comentários:

Pedro L. disse...

14/03/2010 - 09h15
Apesar de crise, arrecadação de ICMS avança em 2009
YGOR SALLES
da Folha Online

“São Paulo, que responde por 1/3 de toda a arrecadação do tributo estadual, ficou dentro da média. Sua arrecadação de ICMS somou R$ 78,6 bilhões no ano passado, com crescimento de 2,8%* ante 2008.”
* (nominal ou real?)

Aproveitando que a mídia transformou o cidadão em contribuinte, conhecer melhor a atuação de Serra na área fiscal esclareceria muita coisa!

josé lopes disse...

Creio que a gente não deve se preocupar muito com os bundões do PTB e do PPS. Vamos fazer nosso trabalho na Internet, perguntando ao Robauto Jefferson onde escondeu os 4 milhões que diz ter recebido e até hoje não disse para quem. Quanto ao PPS a pergunta que fica no ar é: como um comunista de carteirinha de repente faz parceria com partidos de extrema esquerda como o DEM. Sosseguem sem perder o rítmo, temos muito mais coisas para despejar na web.

João disse...

Não consigo ver em lugar nenhum uma discussão séria sobre a substituição tributária implantada em SP pelo governo Serra. Além de antecipar o recolhimento do imposto para as empresas de todos os portes, aumentou em até 4 vezes a carga tributária de micro e pequenas empresas. Atenção, não se trata de arroubo de comentarista. Posso demonstrar com números a afirmação. Ou seja, a grande empresa está "rindo à toa", pois pelo sistema da substituição tributária sua única "penalização" é a antecipação do ICMS, enquanto para as empresas do simples nacional, além da mesma antecipação, houve um tremendo aumento da carga tributária.
Também não vale dizer que quem é contra a substituição tributária é a favor da sonegação. A substituição tributária tem de fato uma característica de combate à sonegação, mas sua implantação, como foi feito em outros Estados, poderia (e pode), ser implementada sem provocar aumento da carga tributária das empresas enquadradas no simples nacional.

V disse...

Pronto, lá vai ele ofendendo os Portuguêses.

Bolívia, Irã, Venezuela, China, agora Portugal.

Ele que não se meta com os argentinos.

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração