O promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, chamou de tentativa de intimidação as reações de dirigentes do PT às investigações do caso Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). "Os ataques pessoais e campanhas difamatórias representam um claro sinal de desrespeito e uma tentativa de intimidação", afirma o promotor em nota divulgada nesta segunda-feira.
No dia 5, o promotor pediu a quebra de sigilo bancário e fiscal do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Blat também pediu o bloqueio das contas da cooperativa. Mas o juiz Carlos Eduardo Lora Franco, do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais e Corregedoria da Polícia Judiciária da Capital), negou o pedido
"Exerço uma carreira de Estado e não de governo e não estou investigando pessoas ligadas a partidos políticos", afirma o promotor Blat.
Também na semana passada, o juiz Carlos Eduardo Lora Franco, do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais e Corregedoria da Polícia Judiciária da Capital), negou o bloqueio das contas da Bancoop e adiou a decisão sobre a quebra do sigilo bancário e fiscal de Vaccari. Para ele, não há embasamento técnico em parte do pedido feito pelo Ministério Público de São Paulo.
O advogado Pedro Dallari, que defende a Bancoop, disse na última quinta-feira que estuda processar o promotor. "O promotor Blat está obcecado pela ideia de destruir a cooperativa", afirmou. Segundo o advogado, as acusações do promotor feitas pela imprensa não são se traduzem em medidas judiciais.
O promotor que adora holofote da mídia
A revista Veja, fonte de inspiração do promotor Blat, publicou em 15 de fevereiro de 2006: Os seis anos em que promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, atuou no grupo de elite dos promotores paulistas do qual foi afastado em 2004, em circunstâncias confusas fizeram de José Carlos Blat uma celebridade. Suas ações, filmadas por equipes de TV, tinham tudo o que um telespectador podia esperar: revólver em punho, prisões em flagrante e muito material apreendido. Pode-se dizer que, ao trocar a mesa de escritório pela ação, foi o pioneiro da era dos promotores heróis – fenômeno que, no Brasil, só se tornou possível quando a Constituição de 1988 deu ao Ministério Público poderes quase absolutos de investigação... Ná época o promotor também disse a Veja: "Eu me desiludi com o Ministério Público. Estou pensando em me candidatar a deputado federal".
Blat está pensando em seguir os passos de seus pares:
Ex promotor de São Paulo: Carlos Sampaio - Hoje é deputado federal PSDB
Ex promotor de São Paulo deputado estadual Fernando Capez (PSDB-SP) É deputado do PSDB atualmente
Ex ex-promotor de Alagoas: deputado Helenildo Ribeiro (PSDB-AL) Foi deputado do PSDB (morreu)
4 Comentários:
Essa era de super-promotores destemidos não durou muito, inflados sempre pela midia faltou folego e definharam.
Para evitar o uso do cargo público como trampolim, a respectiva Corregedoria deve conter esses evidentes 'estrelismos' de alguns membros. Quando o juiz fala, em seu despacho, que o requerimento desse 'artista' foi publicado antes de chegar a juízo, desmascara o sr. Blat.
A revista veja não se escandaliza quando o espetáculo é realizado pelos seus alinhados políticos, ao contrário, os exalta. Durante todo esse tempo o promotor Blat não propôs ação por medo do ridículo de ser rejeitada por fraca que são as provas de envolvimento do PT. Isso não o impede de arrasar o nome do nosso ParTido na lama em que o PIG chafurda.
Engraçado o Blat dizer que sofreu "tentativas de intimidação por parte de dirigentes do PT"... E o safardana queria o quê? Que o PT apanhasse sem reagir? O partido deveria sim é mandar um belo processo em cima desse imbecil, pra aprender a não ficar puxando o saco do PIG. E por que ele não espinafrou também o decente juiz que escreveu aquelas verdades sobre ele?
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