A Polícia Federal apreendeu durante a Operação Caixa de Pandora recibos de doações ao DEM, assinados pelo tesoureiro nacional do partido, no anexo da residência oficial do governador afastado do DF, José Roberto Arruda (sem partido), preso desde quinta-feira.
As doações foram feitas por empresas com interesses em negócios no Distrito Federal.
Os recibos estavam no armário do anexo da residência oficial do governador, que era usado por Domingos Lamoglia, ex-chefe de gabinete de Arruda. Lamoglia é suspeito de arrecadar propina, que, segundo investigação da PF, ficava com o governador (40%) e também era usada para pagar deputados da base aliada em troca de apoio (daí o nome mensalão).
Arruda era do DEM até o estouro da operação, que revelou em novembro o esquema de arrecadação e distribuição de propina em seu governo.
A PF investiga por que motivo os documentos estavam no local, quando deveriam ficar com as empresas doadoras.
Os comprovantes de contribuição financeira ao partido, feita em maio de 2009, somam R$ 425 mil, sendo R$ 275 mil da construtora Artec e R$ 150 mil da Antares Engenharia.
Quem assinou os recibos foi o tesoureiro da Executiva Nacional do partido, Saulo Queiroz. Ele disse que as doações foram registradas na contabilidade do partido, mas estranhou o fato de os documentos estarem no anexo da residência oficial. Queiroz diz que enviou os recibos para as empresas doadoras.A Antares, porém, afirmou que não pediu nem recebeu qualquer recibo de doação.
As duas empresas têm interesses no governo do Distrito Federal. A Artec, que possui contratos para coleta de lixo e obras, aumentou seus ganhos em 41% desde o início da gestão Arruda. A empresa recebeu cerca de R$ 95 milhões desde 2007. Desse total, quase R$ 27 milhões foram pagos após ter doado dinheiro ao DEM.
A empresa é de propriedade do candidato derrotado à Câmara Legislativa do DF César Lacerda, do PSDB. A Secretaria de Obras de Arruda era comandada pelo também tucano Márcio Machado. A PF apura se o ex-secretário participava do esquema de coleta de propina. Machado nega envolvimento.
Já a Antares, cinco meses após a doação, recebeu do Instituto Brasília Ambiental, órgão do governo, uma licença prévia para iniciar obras.
Segundo o Ministério Público do Distrito Federal, o documento foi concedido pelo governo sem obedecer às exigências legais. Em janeiro, o Tribunal de Justiça suspendeu autorização prévia para a obra.
Conforme a PF, os comprovantes de doação foram apreendidos junto com uma lista de pagamentos a empresas, incluindo as que, segundo a investigação, pagavam propina ao esquema do mensalão.
A lista tem o título de "solicitação de previsão de pagamentos não autorizados até 22 de outubro de 2009" e refere-se a contratos da Secretaria de Educação do DF e do Fundeb (Fundo para Educação Básica).Após a operação, o secretário José Luiz Valente foi afastado do cargo e a Justiça autorizou busca e apreensão também no gabinete, na residência e na loja de um assessor da pasta.
Na análise do material apreendido, a PF diz que "chamam a atenção os valores" pagos a empresas suspeitas de financiarem o esquema e já citadas em depoimento por Durval Barbosa,que delatou o mensalão. As duas empresas doadoras ao DEM não constam da lista.Aqui para assinante
4 Comentários:
Helena, Zé Augusto
Desculpe a mudança de assunto (estou ficando paranóico?), mas vejam esse comentário sobre a urna eletrônica da Marta Machado:
"Nunca confiei completamente neste sistema eletrônico de voto por três motivos: O primeiro motivo é uma máxima: 1. Quando algo é feito e este tem um grande interesse político por trás, pode ter certeza, um dia ele será fraudado. 2. Quem conhece a informática sabe que não existe sistema 100% seguro, isso porque os sistemas são feitos por pessoas, e estas podem errar ou fraudar. 3. Este sistema eletrônico não tem como indicar erro na votação, e assim fazer recontagem.
Para quem acha que desconfiar da urna eletrônica ou de todo o sistema eletrônico é uma espécie de “teoria da conspiração”. Peço que façam um exercício de imaginação em cima de uma prática rotineira de nosso dia a dia: o depósito bancário.
Imagine que o seu banco permita que você deposite o dinheiro, mas só lhe permita que veja o saldo geral de todos os clientes da sua agencia? Neste caso hipotético, evidente que você teria certeza que depositou uma quantia “x”, mas quando lhe apresentarem o saldo geral de todos, você não teria como saber se o seu depósito está realmente neste montante, ou foi para o saldo geral de uma outra agência.
O nosso dinheiro num banco só não é virtual porque nós acompanhamos os extratos e saldos de maneira freqüente, e do modo individual, imagine se os bancos não lhe dessem esta possibilidade? É assim que vejo o sistema eletrônico do voto.
Quando eu aperto a tecla e vejo a foto do candidato e aperto “confirmo”, não sei se neste programa diz: a cada 3 votos para candidato “y” um vai para o candidato “k”. Ou se a somatória geral todos os votos são realmente somados o meu voto.
Já que falei dos bancos, sei que eles gastam fortunas para que os sistemas sejam seguros, e se mesmo assim ainda existe problemas, imagine num sistema eletrônico de votação como o nosso?"
P.S. Não estou convencido da segurança da urna e olha que trabalhei alguns anos (4) como responsável pela manutenção delas em Cartório Eleitoral de Rio Claro/SP, e acredito que o Serra e Cia. são capazes de qualquer coisa para dar um tombo no Lula e Dilma.
Arruda não é sem partido e sim EX PFL/DEM.
Há países do chamado primeiro mundo que há anos avaliam se seria seguro adotar o sistema de votação eletrônica e ainda não se decidiram, já aqui começou a ser utilizado no mesmo ano em que se levantou a idéia de implementá-lo. Por "coincidência" o Lula era candidato e registraram-se inúmeras "falhas" inclusive onde votamos. Na campanha de 2002 "caiu o sistema" em várias regiões do Brasil, inclusive no Rio, fazendo com que muitas pessoas desistissem de voltar para depositar seu voto. Mesmo assim, o Lula foi eleito. Mas sabemos que a "criatividade" para o mal é infinita e temos que pensar em todas as probabilidades de fraude na hora da votação.
Com o PIG e a justiça que temos, todo cuidado é pouco.
"O Arruda está comendo o panettone que o DEM-o amassou" Ahahahahahahahah...
AMs fica a pergunta: O DEM (Desenvolvendo Eu Mesmo) existe mesmo ou é apenas uma peça publicitária, um entreposto do PSDB (Partido dos Sabotadores do DEsenvolvimento do Brasil)??????
FORA PSDBestas
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração