A imprensa quer tripudiar sobre declarações de Lula, como se estivesse "defendendo" Arruda. Vamos à verdade segundo a BBC Brasil:
Lula negou que tenha assistido a vídeos divulgados no domingo e que mostram pessoas ligadas a Arruda recebendo dinheiro, mas disse que "a imagem não fala por si".
"O que fala por si é todo um processo de investigação, todo um processo de apuração. Quando estiver toda a apuração terminada, a Polícia Federal vai ter que apresentar um resultado final", afirmou Lula, antes de deixar a capital portuguesa, onde participou da Cúpula Ibero-americana, rumo a Kiev, na Ucrânia.
"Aí você pode fazer juízo de valores. Mesmo assim, quem vai fazer juízo de valores final é a Justiça. O presidente da República não pode ficar dando palpite, vamos aguardar sobre o que vai sair."
Comentário:
Como se vê, Lula não defendeu Arruda, defendeu o direito de defesa dele e de todos.
Disse que "o que fala por si é todo um processo de investigação". Não disse nada de errado. É o que qualquer pessoa de bom senso concorda.
Se Lula pré-julgasse, e dissesse algo diferente, a imprensa iria comparar com o que ele disse em casos passados, na época do "mensalão" do Roberto Jefferson, e o estaria chamando de incoerente (para não dizer coisas piores). Ponto para Lula.
Para criticar Lula, a imprensa precisa demonizar mais ainda Arruda e o DEMos, amplificando a ruína da oposição. Ponto para Lula.
Quando Lula defende a legalidade e "não politiza" as críticas, anula o discurso que virá a seguir quando a poeira baixar: o da perseguição do DEMos pela Polícia Federal, sob um Ministro Petista (Tarso Genro). Essa operação não atinge só o Arruda, atinge o DEMos todo, o PSDB e o PPS. O argumento de "perseguição política" já foi usado pelos tucanos de Yeda Crusius (PSDB/RS). Ponto para Lula.
Quando Lula não faz sensacionalismo com o MENSALÃO do DEM (até porque não precisa, já está feito, seria como "chutar cachorro morto"), está dando um tapa com luva de pelica na imprensa e na oposição, pelo sensacionalismo e exploração política que fizeram com o "mensalão" de Roberto Jefferson, e pela falta de direito de defesa e de resposta que os petistas nunca tiveram. Ponto para Lula.
A imprensa pode dizer o que quiser e o que bem entender, porque Lula tem o que mostrar em termos de resultados práticos da Polícia Federal no combate à corrupção, como nunca se fez antes na história deste país. Ponto para Lula.
Resumo:
Se Lula diz "SIM" a imprensa critica, se diz "NÃO" também sempre arruma um jeito de criticar. Então Lula desenvolveu a tática de fazer declarações certas. Daquelas que o enfoque dá pauta para imprensa criticar, mas acaba sendo as críticas do jeito que ele prefere que saiam.
É como um cavaleiro que coloca arreios e viseira em um cavalo selvagem (os jornalistas que se acham "inteligentes" e espertos da imprensa), e puxa as rédeas pro lado que quer conduzir.
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