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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Senador Tucano apoia Sarney e acusa "oposição" de golpista

O senador tucano Papaleo Paes (PSDB/AP), também eleito pelo Amapá, como José Sarney, já havia dado declarações discretas de apoio à Sarney, anteriormente.

Nesta segunda-feira, foi mais longe. Subiu à tribuna e discursou dizendo que o Senado vem sendo "tumultuado por discursos repetitivos, discursos de golpe, que são inaceitáveis".

Para ele, há uma diferença entre pedir a licença ou a renúncia de Sarney - o que, ressaltou, é admissível - e a prática sistemática de discursos que "dão a sensação de golpe".

- Sarney foi eleito e tomou posse. Sai da Presidência do Senado se quiser. É uma decisão de foro íntimo - declarou ele.

Ao criticar os colegas que discursam sistematicamente contra Sarney, Papaléo disse que eles "jogam para a torcida" e que isso é perigoso para o Senado.

Segundo Papaléo, esses senadores estão entre os responsáveis pela imagem negativa da Casa perante a opinião pública. Ele afirmou que "há uma hipocrisia entre tais parlamentares, pois se houvesse uma votação secreta [para decidir quanto a uma possível cassação de mandato], Sarney ganharia; se fosse aberta, creio que perderia".

Comitiva de políticos locais do Amapá, muitos tucanos, prestam apoio à Sarney

Uma comitiva de vereadores, prefeitos, deputados e senadores amapaenses de vários partidos foram ao Senado, na manhã desta terça-feira (11), levar solidariedade à José Sarney.

Sarney atribuiu os ataques focados contra ele à uma luta política decorrente de seu apoio ao presidente Lula, e dos efeitos desse apoio na sucessão presidencial.

O senador tucano, Papaléo Paes, também participou, atribuindo toda a crise enfrentada pelo Senado "é um processo político, injusto e discriminatório". Apontando vários políticos tucanos ali presentes, o senador disse que o PSDB do Amapá está e sempre estará com Sarney.

A mentira dos 39 senadores

A imprensa noticiou recentemente a faras de que 39 senadores assinaram um documento pedindo o afastamento de Sarney. Computou nas assinaturas TODOS os senadores tucanos, quando já era notório que Papaléo havia declarado que não apoiava.

Os líderes partidários mentiram quando disseram que a assinatura dos líderes significava a assinatura de toda a bancada. A imprensa publicou a mentira sabendo que era mentira.

O tucano Eduardo Azeredo (PSDB/MG), que não tem uma experiência muito agradável no quesito ética, também já declarou-se contrário à insistência nesse discurso de afastamento de Sarney no plenário.

Pelo menos três senadores do DEMos também não assinariam tal manifesto: Efraim Morais (DEMos/PB) por motivos óbvios, Heráclito Fortes (DEMos/PI), também por motivos óbvios, e Eliseu Resende (DEMos/MG), um político próximo à Sarney.

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