A reunião dos Senadores do PT ficou para esta quarta-feira, e devem decidir por apresentar projetos que imponham regras e normas nos gastos e práticas do Senado, afastando a idéia de entregar a trincheira da Presidência do Senado para a oposição.
Como nós todos neste blog, blogueiros e comentaristas, previmos, a oposição estava blefando.
Quiseram derrubar Sarney no grito para colocar Perillo na presidencia do Senado, aplicando choque e pavor sobre os senadores do PT, através da imprensa golpista incitando a "opinião pública".
Quase funcionou, mas ficou no quase. A oposição desistiu e já "amarelou" em seu furor ético.
Mudaram a pauta para a CPI da PetrobraX, e já não se interessam em atacar Sarney.
A mudança de estratégia foi definida em uma reunião da cúpula do PSDB e do DEMos na manhã da terça-feira. O efeito foi imediato. O clima no plenário da tarde de terça-feira foi ameno. José Sarney presidiu a sessão. Ninguém falou na crise, e a oposição tratou o presidente do Senado com reverência.
A Senadora Marina Silva acabou de perder a "parceria" com o PSDB pela moralização do Senado.
Em vez de cobranças para que o presidente do Senado se afaste, a oposição concentrou artilharia sobre a CPI da PetrobraX.
"Eles mudaram o jogo. O motivo, eu não sei", disse o senador Aloizio Mercadante (PT/SP).
Todos nós, mesmo estando há quilômetros de distância do Congresso, sabemos.
Mas quem explicou foi José Agripino (DEMos/RN):
"Nós centramos fogo na CPI. Sem número, você não provoca nada, é uma questão aritmética" - fazendo o cálculo político óbvio, que o PT não fez.
PSDB e DEM preferem retomar os ataques contra o governo, porque a resistência de Sarney trouxe efeito colateral sobretudo para Arthur Virgílio, mas já começava a atingir outros, como Heráclito Fortes.
A bancada do PMDB, já se mobilizava para o contra-ataque. O fogo do PMDB atingiria aos senadores do PSDB ou DEMos que disputarão mandato no ano que vem, daí "amarelaram".
Os senadores PT erraram duas vezes.
O primeiro erro foi não contra-atacar no mesmo tom, pois o DEMos está em situação pior do que o PMDB pelas mazelas do Senado, e Perillo tem uma folha corrida de inquéritos e processos no STF que o deixa mais vulnerável que Sarney.
Poderiam simplesmente colocar Heráclito e Perillo no mesmo caldeirão do Sarney, e sugerir como contraponto o afastamento da mesa inteira do Senado, colocando a oposição na defensiva.
O PSDB não teria como tentar fritar Sarney sem fritar Heráclito e Perillo.
Dessa forma nem precisariam defender a pessoa de Sarney, bastava atacar Heráclito e Perillo no mesmo tom que a oposição atacava Sarney.
O segundo erro foi se submeterem à pauta do falso moralismo da oposição, sem fazer o contraponto político. Sofreram desgaste à toa.
Poderiam fazer como no caso da CPI da PetrobraX:
A oposição vem com o discurso falso moralista, procurando gastos com tapiocas na Petrobras, que já são apurados por auditorias internas e externas da própria Petrobras, pelo MPF, pelo TCU aparelhado pela oposição e pela CGU.
A bancada governista deve devolver com o discurso ideológico da defesa da empresa contra os ataques privatizantes tucanos, da defesa do pré-sal para os brasileiros contra o entreguismo lesa-pátria dos tucanos.
Da mesma forma a defesa da trincheira da Presidência do Senado era não entregar o posto para oposição neoliberal e que quer paralisar o governo do PT de Lula.
Um discurso POLÍTICO VERDADEIRO vale mais do que mil discursos picaretas de falso moralismo. No caso da Petrobras, levou o povo às ruas.
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