Tenho observado que neste ano em que estamos em época pré eleitoral, os jornais Folha de São Paulo e o Globo, vem fazendo oposição muito mais viruleta ao Governo Lula, que em outras épocas. Uma notícia para só assinantes, hoje na Folha, chamou -me atenção pela manipulação grotesca do jornal.
A matéria assinada pelo jornalista José Alberto Bombig diz:"Aliados de Lula recebem mais verbas em São Paulo"
Em sguida a notícia; Dois prefeitos pré-candidatos ao Palácio dos Bandeirantes com o apoio do Planalto foram os que mais receberam verbas voluntárias da União neste ano no Estado.. As cidades administradas por eles, Campinas e Osasco. (A Folha fez questão de lembrar:"Dentro do território do tucano José Serra, governador do Estado e também lembrado para a sucessão de Lula" )
Campinas, de Doutor Hélio dos Santos (PDT), e Osasco, do petista Emidio de Souza.Juntas, as cidades receberam R$ 154 milhões do dinheiro que o governo federal repassa diretamente, mais de um terço do total recebido pela capital paulista -R$ 564 milhões. Campinas ganhou R$ 98 milhões -R$ 93 per capita. Osasco recebeu R$ 79 para cada cidadão - R$ 56 milhões no geral, 27% a mais do que os R$ 44,2 milhões do ano passado.
Do total recebido por Osasco, R$ 17 milhões foram para "urbanização, regularização e integração de assentamentos precários". Em Campinas, esse valor soma R$ 14 milhões.Em São Bernardo do Campo, onde nasceu o PT, Luiz Marinho, interlocutor próximo de Lula, já recebeu R$ 50,5 milhões da União, R$ 12 milhões a mais do que seu antecessor, William Dib (PSB), no mesmo período de 2008. Guarulhos ganhou neste ano R$ 63,2 milhões contra R$ 41 milhões do primeiro semestre de 2008.
....Agora, eu gostaria de chamar atenção do leitor para o paragráfo a seguir quando o jornalista diz:
“Nas eleições do ano passado, eles integravam o "cinturão vermelho", montado como estratégia para "sufocar" a administração de Kassab e servir de contraponto à gestão Serra”.
Leram isso, meus queridos leitores?
Agora, nós vamos voltar ao ano de 2008, e também quase vespera de eleição
O mesmo jornalista José Alberto Bombig, assinou a matéria do dia 22/10/2008
A manchete:
Transferências voluntárias ao município cresceram depois que petista deixou o cargo
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou as transferências voluntárias da União (aquelas que não são obrigatórias por lei)para a gestão de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) na Prefeitura de São Paulo na comparação com os dois últimos anos da também petista Marta Suplicy, informa nesta a reportagem de José Alberto Bombig e Fernando Barros de Mello, publicada pela Folha (a íntegra está aqui disponível apenas para assinantes) e a seguir você lê na íntegra.
ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO
São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 200
Lula repassou mais verbas a Kassab do que a Marta em SP
Transferências voluntárias ao município cresceram depois que petista deixou o cargo
Campanha de Marta diz que dados mostram caráter republicano e democrático do presidente, mas critica falta de projetos de Kassab
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
FERNANDO BARROS DE MELLO
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou as transferências voluntárias da União(que não são obrigadas por lei) para a gestão de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) na Prefeitura de São Paulo na comparação com os dois últimos anos da também petista Marta Suplicy.
Na prática, isso significa que o presidente deu mais dinheiro para o democrata do que para sua companheira de partido. O assunto foi um dos temas que predominaram no mais recente debate entre os dois candidatos a prefeito de São Paulo. Em comícios e na TV, Lula exaltou a "parceria" com Marta.
Levantamento feito pela Folha com base nos dados da Secretaria Municipal de Finanças mostra um crescimento nas transferências voluntárias da União -aquelas que não são obrigatórias por lei- em relação ao total de repasses para o município de São Paulo.
Foram 6,13% em 2003 e 5,6% em 2004, valor que chegou a 13,5% em 2006 e 8,1% em 2007. Já descontada a inflação, na média dos dois últimos anos da gestão Marta (2001-2004), período em que a petista conviveu com o governo Lula, foram R$ 71,6 milhões. No período entre janeiro de 2005, início da gestão Serra/Kassab, até agosto deste ano, a média chegou a R$ 133 milhões por ano.
Kassab assumiu o cargo em março de 2006, após a saída de Serra para concorrer ao governo. Naquele ano, foram R$ 246,6 milhões (valor corrigido pela inflação). Em 2007, foram R$ 146 milhões e, até agosto, R$ 83,1 milhões.
O maior salto ocorreu nos convênios para programas de infra-estrutura em transporte. Nessa rubrica, não houve dinheiro até 2005. Em 2006, foram R$ 107,4 milhões, contra R$ 59,5 milhões em 2007 e R$ 29,6 milhões em 2008.
Transferências voluntárias são recursos repassados pela União em decorrência da celebração de convênios, acordos ou outros instrumentos similares, cuja finalidade é a realização de obras e/ou serviços de interesse comum. Elas não são obrigatórias nem englobam o dinheiro destinado ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Os especialistas apontam o aumento de convênios como o principal fator para o salto, mas lembram que o crescimento da economia brasileira também ajudou, aliado ao maior grau de investimento federal.
"Com crescimento econômico maior, aumentam a receita e a possibilidade de gastar mais. Uma das formas pode ser o aumento desses convênios", afirma Nelson Marconi, professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) de São Paulo.
O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) foi de 1,1% em 2003 e saltou para 5,7% em 2004, durante a gestão de Marta. Em 2005, o crescimento foi de 3,2%; em 2006, de 3,8%, e em 2007, de 5,4%. Em números, o PIB totalizou R$ 1,7 trilhão em 2003 e atingiu R$ 2,55 trilhões em 2007 ....
"Caráter republicano"
A campanha de Marta Suplicy afirma que o levantamento só demonstra "o caráter democrático e republicano do governo do presidente Lula".
Destaca ainda que, à frente do Turismo em 2007, Marta também transferiu recursos para São Paulo -R$ 1,9 milhão e R$ 1,8 milhões, de acordo com o município, e R$ 8 milhões, segundo a campanha petista.
A assessoria da candidata pondera, no entanto, que outros recursos destinados pela União, como os do Pró-Jovem, não foram utilizados, o que demonstraria a ausência de projetos de Kassab e seus problemas para comandar a cidade.
O Ministério da Fazenda informou que cada órgão federal, ao transferir recursos, segue seus próprios critérios e não contestou os números Folha.
Vocês leram lá a cima quando o jornalista disse na matéria de hoje"Nas eleições do ano passado, eles integravam o "cinturão vermelho", montado como estratégia para "sufocar" a administração de Kassab e servir de contraponto à gestão Serra".
Planalto desmente a Folha
A assessoria de comunicação da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência afirma que não existem critérios políticos ou partidários na distribuição das verbas da União
"A distribuição dos recursos segue orientação republicana no relacionamento com Estados e municípios e tem por objetivo potencializar os efeitos das políticas públicas."
Ainda de acordo com a secretaria, a escolha dos programas é fundamentada por índices sobre as regiões que irão receber os benefícios. Já as assessorias de comunicação dos ministérios do Desenvolvimento Social e das Cidades afirmam que as transferências são feitas com base em critérios técnicos e nos projetos enviados pelos próprios municípios.
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