Pages

terça-feira, 2 de junho de 2009

Palavrão e truculência de Serra foi provocada por pergunta sobre cateterismo

Em entrevista coletiva à imprensa, o jornalista Sandro Villar, correspondente do Estadão em Presidente Prudente, foi agredido com truculência pelos seguranças de José Serra (PSDB/SP), na frente do governador, que soltou um palavrão impublicável (não é blog que considera impublicável, é que ninguém contou qual foi o palavrão para publicarmos).

O jornalista explicou o motivo ao blog viomundo, do Azenha. Segundo Villar, não faz muito tempo surgiram informações de que o Serra foi submetido a um cateterismo realizado secretamente na calada da noite.

Villar apenas queria perguntar isso ao governador para ele desmentir ou não. Mas, pela segunda vez, foi agredido pela segurança do governador José Serra.

"Protestei e disse que nem na época da ditadura militar fui tratado com tanta truculência. Já que o Serra fugiu das perguntas, digamos, políticas, abordei o Barradas [secretário de saúde de Serra], que, como expliquei, foi lacônico. Eu queria que o Serra confirmasse ou não o procedimento. Apenas isso. Ele poderia desmentir os rumores (teve colunista que falou do cateterismo)." - disse Villar.

É razoável que políticos (e qualquer pessoa) tenham direito à privacidade de seus prontuários médicos, mas é comum vermos na TV a imprensa cobrindo notícias sobre checkup do presidente, internação de senadores, tratamento do vice-presidente, da ministra Dilma, a operação da governadora Roseana Sarney.

Serra, assim como a maioria dos políticos de expressão nacional, já alcançou uma faixa etária em que é normal ter um ou outro problema de saúde. Deveria tratar o assunto na imprensa com naturalidade. Intervenções cirúrgicas, procedimentos como cateterismo, não são bicho de sete cabeças, que impeça a carreira política de ninguém, quando tratado. Tá aí a Dilma para provar.

Por isso, não há qualquer razão para Serra se irritar tanto (a não ser que ele realmente considere importante esconder algo, que, na avaliação dele mesmo, seja impeditivo de sua pretensão política).

Estadão, ao editar a notícia, escondeu informações

O Estadão publicou a notícia deturpada, sem contar a história direito. E de forma escondida, como uma nota no fim de outra notícia (leia aqui).

Quem lê a notícia do Estadão pensa que a truculência está relacionada à pergunta "se faria dobradinha com Aécio Neves na eleição para a presidência".

Só noticiou sobre a pergunta do cateterismo ao secretário de saúde, omitindo a pergunta à Serra.

Isso mostra a vontade de alguns jornalistas noticiarem, a censura de editores, e o medo de sofrerem retaliação, ao darem notícias que desagradem o chefão do estado de São Paulo: José Serra.

Segue o parágrafo publicado no Estadão:

Truculência

A entrevista coletiva foi tumultuada. A segurança reprimiu os jornalistas com certa dose de truculência. O governador fugiu das perguntas políticas. Ao ser perguntado pelo repórter do Estado se faria dobradinha com Aécio Neves na eleição para a presidência, Serra se irritou. "Pensei que você veio para perguntar sobre o hospital", respondeu. Um segurança agarrou o repórter na frente do governador, que condenou a atitude do rapaz e soltou um sonoro palavrão impublicável. Já sobre os rumores de que Serra teria se submetido a um cateterismo, feito secretamente de madrugada no Hospital Sírio-Libanês, o secretário da Saúde, Luis Roberto Barradas, foi lacônico: "Imagina! Nada disso! É desnecessário".

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração