Aqui para vocês um trechinho do artigo de Vinicius Torres Freire, publicado hoje no jornal Folha de São Paulo.(...) líderes da oposição se aferraram à picuinha mais populista, terrorista e mentirosa para atacar a tributação das cadernetas ("confisco" etc.). Reclamam ainda que o governo não "mexeu com os bancos" (só com os "poupadores"). Ótimo: ficaram então com a oportunidade de criar uma CPI das taxas bancárias. Esses líderes e partidos tão financiados pela banca vão investigar, digamos, a existência de um oligopólio maléfico nas finanças?
Essa gente "se lixa". A oposição critica a gastança do governo e aprova aumentos de gastos propostos por Lula; aprovou a enésima anistia para sonegadores de impostos. Mas reclama que Lula não quer ver dinheiro saindo de fundos (que financiam a dívida pública) porque o governo gasta demais... Reclama (agora) dos juros altos, mas quer manter juros tabelados (o da poupança)....
E então? O que vocês acham?
O governo Lula anunciou que vai cobrar Imposto de Renda das poupanças que tiverem mais de R$ 50 mil aplicados. A medida não atinge quase ninguém: 99% das cadernetas ficarão de fora. Além disso, a nova regra só vai valer na declaração de IR de 2011, já que começa a contar a partir de 1º de janeiro do ano que vem. E ainda precisa de aprovação no Congresso.
O governo teme que a turma da bufunfa, os grandes investidores milionários, corra para a poupança. A caderneta, livre de imposto e com remuneração fixa, seria mais vantajosa do que os investimentos em fundos normalmente mais complicados.
Ou seja, só vai afetar gente com muita grana na poupança. E a oposição, que gritou acusando medo de um confisco no estilo Collor, não pareceu se importar muito em pedir explicação sobre o alívio para o bolso dos mais ricos.
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