Os polítcos do PSDB e a militância tucana (se é que eles tem), vivem criticando o Bolsa-Família, dizendo que não passa de assistencialismo barato, inclusive chamando de Bolsa-esmola
Quem acompanhou a via sacra dos programas sociais do governo Lula, particularmente do Bolsa Família, sabe que a oposição e grande parte da mídia apostaram no seu fracasso. No início, foi um coro só: "Os petistas e o governo Lula são incompetentes, não sabem administrar programas sociais". Agora que o Bolsa Família está implantado em todo o país e dá acesso a uma renda mínima para mais de 15 milhões de famílias que antes viviam abaixo da linha de pobreza e é reconhecido pelas Nações Unidas, partidos de oposição tentam virar o disco com outros argumentos.
Agora com mais de um ano da eleição presidencial de 2010, o PSDB começa a colocar em campo um contra-ataque no Nordeste com o objetivo de desfazer a imagem de que o partido é contra as políticas de transferência de renda, como o Bolsa-Família. Com um discurso de que são a favor da ampliação do programa e de que o Bolsa-Escola, foi implantado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, "foi a mãe do Bolsa-Família", os tucanos pretendem defender a principal marca social do governo Lula, em seminário amanhã, na Paraíba.
A defesa do aperfeiçoamento, da manutenção e até da expansão do Bolsa-Família será a linha principal do encontro, do qual participarão parlamentares, governadores e prefeitos tucanos, além de lideranças do DEM e do PPS.
Entre os dados que serão apresentados, há a estimativa de que até 2 milhões de famílias poderiam ser incorporadas ao programa, se a gestão fosse mais eficiente. "Vamos assumir o que fizemos e discutir o que queremos. Vamos desmistificar essa questão de que o partido é contra essas políticas", disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Com o mote PSDB e as Políticas Sociais: Presente, Passado e Futuro, o partido quer reunir na mesa O Futuro das Políticas Sociais os pré-candidatos à Presidência. O governador Aécio Neves (MG) confirmou presença. A de José Serra (SP) está indefinida por questões de agenda.
O leitor deve se rcordar que, até bem pouco tempo atraz, PPS, PSB e PFL/DEM, tinha o discurso de que; "O Programa é eleitoreiro e aumenta o gasto público", disparava a oposição. Não bastasse, saía com seguinte pérola: "o Bolsa Família pode ser o responsável pelo não crescimento do país". Os críticos chegam a chamar o Programa de bolsa esmola para concluir, numa análise simplista do quadro eleitoral, que o voto popular estava sendo comprado pelo governo.
Só isso imaginam explicaria a rejeição popular à coalizão tucano-pefelista e o apoio ao Presidente Lula. Nega-se, às camadas populares, qualquer traço de consciência crítica que as leve a discernir os aliados das elites que só sabem agir em benefício próprio.
Benefício concedido pelo governo Lula chega a até R$ 182 por família
O governo federal repassa benefícios do Bolsa-Família a 5.672.331 famílias do Nordeste do País - ou cerca de 25 milhões de pessoas -, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social. No Sudeste, 2.808.930 famílias são atendidas. O programa foca as famílias com renda mensal de até R$ 137 por pessoa - daí a sua maior abrangência nas regiões mais pobres. O valores pagos variam de R$20 a R$182, de acordo com a renda mensal por pessoa da família e o número de crianças e adolescentes até 17 anos.
Especialistas avaliam que o Bolsa-Família, apontado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como o maior programa de transferência de renda do mundo, é eficaz na diminuição da desigualdade. "No que tange a redução da desigualdade de renda o efeito é direto e potente. Cerca de 40% da inédita queda da desigualdade ocorrida a partir de 2001 se dá pelo efeito Bolsa-Família", declarou o economista Marcelo Néri, da Fundação Getúlio Vargas, em entrevista recente ao Estado.
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