A ABI (Associação Brasileira de Imprensa), retoma a luta de Barbosa Lima Sobrinho e apoio ato em defesa da Petrobras.
“O petróleo é nosso”
Foi na sede da ABI que se realizaram as reuniões patrióticas que antecederam a Lei de 1953, que instituiu a Petrobras. Na noite de 1º de agosto de 1988, parlamentares de várias tendências, intelectuais, representantes de entidades da sociedade civil e centenas de populares lotaram o auditório da Associação, numa manifestação em defesa do monopólio estatal do petróleo, contra os contratos de risco e pela nacionalização das riquezas minerais do País. O ato foi presidido por Barbosa Lima Sobrinho.
A íntegra da nota da ABI:
Marcha em defesa da Petrobras
20/5/2009
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e os sindicatos de petroleiros, junto com a CUT, UNE, Ubes, MST, Crea-RJ, Confea, Sindicato dos Advogados do RJ e Associação Brasileira de Imprensa, além de várias outras entidades dos movimentos sociais, realizam um grande ato público nesta quinta-feira, 21, por uma nova legislação para o setor do petróleo e em defesa da Petrobras.
De acordo com os seus organizadores, a manifestação pretende reunir centenas de militantes no Centro do Rio de Janeiro, para uma passeata que sairá da Praça da Candelária, em direção ao edifício sede da Petrobras, na Avenida Chile, onde os manifestantes farão um abraço simbólico do prédio. A concentração está prevista para ter início às 9h, na Candelária.
Em nota distribuída para a imprensa, a direção da FUP diz que o ato público reforçará a urgência de uma nova legislação para garantir o controle estatal e social sobre as reservas brasileiras de petróleo e gás. Reafirma a determinação do movimento de defender a Petrobras e acusa os parlamentares da oposição, principalmente do PSDB, de atacarem a soberania nacional.
Eis um trecho do documento: “Enquanto o PSDB arma uma CPI para desestabilizar a empresa que representa a maior fonte de investimentos do País, as multinacionais avançam sobre o pré-sal, intensificando os projetos exploratórios na maior reserva petrolífera descoberta no mundo nos últimos anos”.
Para os petroleiros a CPI da Petrobras surge no momento em que o Governo e a sociedade discutem mudanças na Lei do Petróleo:
— A idéia da nossa marcha é denunciar o golpe que alguns senadores querem dar na Petrobras. O que eles pretendem é abafar a discussão do marco regulatório da lei que rege o petróleo do Brasil, declarou Daltro Bonfim, diretor do Sindicato dos Petroleiros da Bahia.
De acordo com a FUP, a descoberta do pré-sal trouxe à tona a urgência de novas regras para o setor, que foi totalmente desregulamentado nos anos 90. A entidade acusa o Governo anterior de “entregar às multinacionais a exploração do nosso petróleo e gás”.
O documento da FUP diz ainda o seguinte: “os movimentos sociais estão mobilizados e não permitirão que a oposição atrase o desenvolvimento do País, tentando paralisar a Petrobrás ou impedindo mudanças na legislação do setor. Todos ao ato de quinta-feira, em defesa da soberania nacional! Parar a Petrobrás é parar o Brasil! Os brasileiros reagirão contra essa manobra antinacionalista dos tucanos!”
O Movimento em Defesa da Economia Nacional (Modecon) — que juntamente com a ABI foi uma das protagonistas da campanha “O petróleo é nosso! — também se manifestou sobre o tema e diz que vê “com preocupação e desconfiança a atual campanha pela instauração da chamada CPI da Petrobras, tendo como pretexto um possível erro no recolhimento de tributos por essa empresa. “A própria lei faculta às empresas planejarem suas atividades de forma a pagarem menos impostos. É perfeitamente legal. Um simples erro, se comprovado, não justifica uma CPI”, diz a nota divulgada pelo Modecon.
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