Crise no PIG! Até o Estadão desmente a revista Veja.
PROCURADOR DE REPÚBLICA DESMENTE A VEJA
A recente "reportagem" da revista Veja sobre supostos desvios de royalties do petróleo, despertou o interesse do procurador da República Marcelo Freire.
A revista "Veja" desta semana acusa a Polícia Federal no Rio de Janeiro de instaurar inquérito, para investigar o diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Victor de Souza Martins, irmão do atual ministro de Comunicação Social, Franklin Martins.
Ao iniciar o trabalho, ontem, o Procurador Freire não encontrou nenhum documento nesse sentido:
"Se existe relatório e não está no inquérito, é uma investigação paralela, o que é grave." [pois é indício de corrupção policial].
ATÉ O ESTADÃO DESMENTE A VEJA
Consultada pelo Estadão, a assessoria da PF informou ontem que a única investigação sobre royalties de petróleo é o inquérito 2415/2007, de 28 páginas.
A reportagem do Estadão folheou ontem esses documentos e não localizou nenhuma investigação da PF. Trata-se apenas de um apanhado de notícias de jornais do interior fluminense sobre o aumento dos repasses de royalties para algumas prefeituras.
Há, também, uma resposta da Petrobrás, de 93 páginas, sobre os critérios de distribuição dos recursos.
"É uma resposta técnica", afirma Freire. Não há citação a nomes de suspeitos.
De onde a revista tirou o nome de Victor Martins?
Procurada ontem [pelo Estadão] para comentar as críticas, a direção da revista "Veja" optou por não se manifestar.
ANP DESMENTE VEJA
Em nota, a ANP afirmou que, quando um município pede para alterar o valor do recebimento dos royalties, são necessários três votos da diretoria. Por isso, segundo a agência, é impossível que um diretor possa direcionar decisões.
Questionada sobre o suposto repasse de R$ 1,3 bilhão citado na revista “Veja”, a ANP informou que “nunca uma cota chegou sequer perto desse valor”.
A RESPOSTA DE VICTOR MARTINS
Em nota divulgada, o diretor da ANP, Victor Martins disse que a Análise Consultoria, empresa de sua mulher, não assinou nenhum contrato com nenhuma prefeitura ou empresa desde que ele tomou posse, em 20 de maio de 2005.
"Seu último contrato foi firmado em agosto de 2004 e já está extinto."
JORNAL NACIONAL APÓIA VEJA
O Jornal Nacional deu apoio ao factóide da Veja. Segundo o telejornal, sua equipe de reportagem apurou que existe um relatório de inteligência na PF que cita o caso de Victor Martins, mas que não foi enviado ao Ministério Público (?).
Ora, se é assim, ou o relatório é mais um "dossiê" político da ala tucana da PF, operando para o grupo de José Serra e Veja, ou sequer tem fundamentos suficientes para ser encaminhado ao MP.
O ANDAMENTO DAS INVESTIGAÇÕES
Somente no final de 2008, a PF enviou ofícios à ANP e ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pedindo esclarecimentos sobre os processos de inclusão dos municípios de Duque de Caxias e Angra dos Reis na zona primária, ou zona de produção principal em relação aos royalties.
ORIGEM DAS DENÚNCIAS TEM CHEIRO DE LOBISMO
A abertura do inquérito coincide com a reclassificação de 2 municípios, Angra dos Reis e Duque de Caxias, que saíram da zona secundária, e foram enquadrados na zona primária de produção. Com isso os 2 municípios recebem uma parte maior dos royalties, e os demais municípios perdem participação.
Os prefeitos que perderam não ficaram muito satisfeitos, obviamente. Daí é possível que de alguma destas prefeituras tenha saído denúncias, como parte do jogo político.
José Serra também já pregou mudanças na distribuição dos royalties do Pretóleo, querendo arrancar dinheiro do Rio de Janeiro, Espírito Santo e diversos estados do Nordeste, também produtores de petróleo com Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte.
ASSASSINATO DE REPUTAÇÕES E CORTINA DE FUMAÇA
Quem assina as denúncias na Veja, é Diogo Mainardi. Um contumaz assassino de reputação da revista, e velho desafeto de Franklin Martins, desde antes do atual ministro ingressar no governo.
"Coincidentemente" Mainardi volta ao olho do furacão no noticiário, quando um arquivo vazado do computador de Protógenes, o aponta como um dos jornalistas envolvidos com Daniel Dantas, assunto já abordado desde a eclosão da operação Satiagraha. Muito conveniente para Mainardi desengavetar uma denúncia destas vazia de conteúdo, e carecendo de comprovar minimamente fatos.
A Veja também se presta a proteger a corrupção demo-tucana que assola os governos de Serra, Kassab, Yeda, num momento crítico em que a corrupção demo-tucana, suas alianças carnais com a FIESP e com empreiteiras, estão sendo desbaratadas na operação Castelo de Areia.
Denúncias vazias como estas servem como cortina de fumaça para tirar de evidência do noticiário a Castelo de Areia, com seu relatório de 142 páginas com nomes de políticos e partidos associados a proprinas e obras, com cifras em dólares e reais.
Advinhem de que partidos e quais políticos aparecem no listão da propina, para a imprensa se negar a publicar, o que ela já disse que viu?
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