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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

As boas notícias que a imprensa brasileira esquece de publicar


Em duas longas reportagens, ontem, o "Wall Street Journal" alertou investidores americanos a para a saída inteligente". Segundo o jornal, "muitos gerentes de investimento, conselheiros financeiros e analistas encontram ações com bons preços em áreas como os emergentes", onde o movimento de venda teria sido "exagerado". Cita, logo de cara, que "um país atraente é o Brasil, com economia bem administrada e que está investindo em infraestrutura e educação". Um analista alerta para "uma recuperação das commodities".No segundo texto, "Sinais de esperança num horizonte gelado" , o "WSJ" destaca precisamente como os "preços em alta das commodities" estariam "oferecendo um sopro de otimismo". De novo, abre pelas ações do Brasil, com o gráfico "Tentando se recuperar", mostrando Bovespa e petróleo. Registra que se prevê recuperação global no segundo semestre, encabeçada por emergentes como Brasil.No fim do texto, "quando o mercado de ações dobrar a esquina, será mais rápido do que as pessoas pensam". Bloomberg e blogs já vão na mesma linha.

José Sérgio Gabrielli dá longa entrevista ao "Financial Times" , edição de hoje, sob o título "Petrobras olha para fora para refinar suas opções financeiras". O presidente da estatal confirma que negocia diretamente com China, EUA e "vários" o apoio ao programa de US$ 174 bilhões para desenvolver as novas reservas. Com os EUA, que querem "elevar a presença de companhias americanas no Brasil", as conversas estariam "atrasadas", mas a exportação de produtos de petróleo "vai aumentar". Nas negociações, o Brasil oferece, em troca do suporte financeiro, o futuro suprimento de derivados.

Em Davos, fechando o fórum, Gabrielli era um dos brasileiros que, "mesmo sem Lula", estavam "se pavoneando, confiantes", e comparando Brasil e EUA na crise.Foi como descreveu o "New York Times", num post bem-humorado acompanhado por vídeo da CNBC

Já o "FT" destacou do último dia em Davos que as "esperanças" de retomar a Rodada Doha foram derrubadas pela "aspereza" com que se pronunciaram os representantes de Brasil e Índia, Celso Amorim e Kamal Nath, sobre os EUA _e vice-versa. Amorim e Nath reagiram ao protecionismo do plano de estímulo dos EUA e à ameaça de exigir "padrões ambientais e trabalhistas" na rodada. Da coluna do Nelson de Sá

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