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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

PSDB sonha com terceiro mandato para Lula


PSDB e DEM, estão ficado completamente desesperado. Os políticos dos dois partidos estão perdendo noites de sono e, dizem, passam por sérios problemas psicológico. Eles alegam que está em curso um terceiro mandadto para o Presidente Lula. Por outro lado, o Presidente já declarou inumeras vezes que é contra e que vai eleger seu sucessor.

O PSDB, partido mais assustado, quer discutir o terceiro mandato com os dois candidatos da eleição do futuro presidente do Senado , José Sarney (PMDB-AP) e Tião Viana (PT-AC), antes de formalizar apoio a um deles. A eleição está marcada para as 10h da próxima segunda-feira, 2 de fevereiro, mesmo horário em que está marcada a eleição para a presidência da Câmara dos deputados.

O PSDB quer arrancar o compromisso de que o candidato não dará curso, se for eleito, a projetos como o do terceiro mandato consecutivo - proposta sempre rejeitada pelo Presidente Lula, mas que a oposição diz suspeitar ser uma alternativa sob avaliação do PT devido ao alto índice de popularidade do Presidente. O terceiro mandato é apenas um dos itens da agenda política que está sendo alinhavada pelos tucanos para discutir com os candidatos.

Segundo os dirigentes do PSDB, o partido "não tem problemas para votar em nenhum candidato", como diz o presidente nacional tucano, Sérgio Guerra (PE). Ou seja, não há veto nem a Tião Viana nem a Sarney. Guerra reconhece que será difícil para a oposição votar num candidato do PT, caso de Viana. Mas embora negue que os tucanos já tenham uma decisão tomada, é certo que a tendência do PSDB é ficar majoritariamente com Sarney.

O líder do PSDB, Artur Virgílio, deve se reunir amanhã com Guerra - e com a bancada, nos dias subseqüentes - para formalizar a decisão tucana. Com Sarney, o líder da bancada abriu negociação sobre a participação dos tucanos na Mesa e nas comissões temáticas: o PSDB quer a primeira vice-presidência do Senado e as comissões de Assuntos Econômicos (para Tasso Jereissati, do Ceará) e a de Relações Exteriores (para Eduardo Azeredo, de Minas Gerais).

A Comissão de Constituição e Justiça, na composição para levar à eleição de José Sarney, deve ficar para o PMDB: servirá para compensar o atual presidente do Senado, Garibaldi Alves (RN), que desistiu de tentar uma reeleição juridicamente duvidosa quando Sarney entrou no páreo. O Democratas já declarou apoio oficial a Sarney, e na negociação pode ficar com um dos cargos pretendidos pelo PSDB.

A semana é decisiva para as eleições da Mesa. O lançamento da candidatura de Sarney está previsto para um almoço da bancada do PMDB, na quarta-feira. O PT também avalia que os votos do PSDB serão decisivos na eleição, e o senador Tião Viana tenta conseguir apoios na bancada por meio do governador de São Paulo, José Serra, desde 2002 considerado um desafeto pela família Sarney. O prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP) e o ex-senador Jorge Bornhausen (SC) tentam a reaproximação os dois políticos.

Para Serra, na avaliação de tucanos, a vitória de Viana em São Paulo retiraria todos os argumentos do PT para não votar em Michel Temer (PMDB-SP) para a presidência da Câmara, a qual concorrem outros dois candidatos: Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Ciro Nogueira (PP-PI). Temer integra o grupo da Câmara mais ligado aos tucanos. Sarney é aliado de Lula, mas tem demonstrado desconforto com a agressividade petista na condução da candidatura de Tião Viana.
Embora comecem no mesmo horário, é bem provável que a eleição na Câmara só seja encerrada no final da tarde de segunda-feira, duas ou três horas depois de conhecido o resultado do Senado (são 81 senadores e dois candidatos para 415 deputados e quatro candidatos, até agora). Esse intervalo é considerado o pior inimigo do PMDB, caso Sarney confirme seu favoritismo no Senado - um terreno fértil às traições, nos partidos em geral. Até no PMDB. Os deputados estão em campanha aberta em favor de Tião Viana na disputa pela presidência do Senado.


Unidos contra os tucanos

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