A oposição no Congresso evita o discurso do "quanto pior melhor", mas não esconde; Estão na expectativa de ver uma queda dos índices de popularidade do Presidente Lula. "Ninguém espera que a popularidade do Presidente caia por causa de uma crise. Mas, se o impacto da crise se confirmar, certamente deve diminuir", disse o deputado Rodrigo Maia (RJ), presidente do DEM ao jornal Correio Braziliense.
Para o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), a percepção da população em relação ao Presidente e ao governo só não mudou porque as pessoas ainda acham que 2009 será melhor que 2008. "Não tenho medo de um crescimento de 4% (em 2009). Tenho medo das insanidades que o governo possa praticar para crescer esses 4%". "Os gastos públicos têm aumentado de forma irresponsável. Por isso o Brasil sofrerá."Porém o senador Arthur Virgilio esquece que ele mesmo contribuiu com o aumento do gasto público quando aprovou na madrugada, a proposta de Emenda à Constituição (PEC) 20/08 elevando o número de vereadores dos atuais 51.924 para 59.267.
Outro que votou sim, foi o senador Renato Casagrande (PSB-ES), líder do PSB no Senado, também concorda com a avaliação de que a popularidade do Presidente pode ser afetada, mas negou que eventuais dificuldades advindas da crise prejudicarão a unidade da coalizão que sustenta o Executivo no Legislativo. "O governo ultrapassará esse momento de crise com respaldo político do Congresso e da sociedade. Se o Brasil continuar passando bem, o Presidente sai com mais força ainda." diz o senador
Nesse cenário, o cientista político Marcus Figueiredo, professor do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio (Iuperj), lembra dos impactos na possível candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em 2010. "Para se eleger, ela vai ter que buscar luz no Lula. Se o governo conseguir minimizar os efeitos da crise é ponto para ele e para ela", afirmou.
Vocês notaram?.Ninguém questiona a popularidade do Presidente Lula. Nem mesmo a oposição. Enquanto os governistas avaliam que o céu é o limite para a aprovação do desempenho de Lula, cabe aos adversários apenas apostar na teoria de que não existe transferência de votos em eleição presidencial.
"A popularidade do presidente é um fenômeno que se vê nas ruas. Num palanque, basta citar o nome do Presidente para todo mundo aplaudir. A tendência é a popularidade se manter em alta e melhorar ainda mais. Ele é o grande cabo eleitor de 2010, sem dúvida nenhuma".
As pesquisas divulgada mostra que Lula bateu o próprio recorde e tem avaliação ótima por por 73% população.A taxa de aprovação ao desempenho pessoal do Presidente é ainda maior: 84%.
O fato inédito foi a expansão nos setores mais ricos. De acordo com o levantamento, 57% das famílias que vivem com renda mensal superior a R$ 4.150 aprovam o governo. Por isso, nem os opositores do Palácio do Planalto questionam os fatos. "Marqueteiro diz que é proibido bater em Lula. E ninguém bate no presidente porque reconhecemos a popularidade que ele tem", disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
Para não confundir seu discurso com o de um governista de carteirinha, o dirigente tucano ressalva que popularidade não significa que o candidato da base governista herdará todos os potenciais eleitores do petista. "Não existe transferência de voto em eleição presidencial", estima Guerra.
A tese do adversário do Palácio do Planalto é a mesma de um aliado. O vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), chega até a ironizar. Diz que se o PT conseguisse os votos de Lula, o partido elegeria todos os governadores de estados. "O Lula é uma grande liderança, mas entre ele ser uma grande liderança e alguém apresentado por ele incorporar todos os potenciais votos há uma grande diferença. Eleição não é assim que funciona. É evidente que transfere algo, mas não tudo. Para ser igual ao Lula só o Lula mesmo", diz o deputado.
Dilma
A esperança da oposição reside no óbvio fato de que o adversário em 2010 não será Lula, mas alguém apresentado por ele. Até agora, a mais cotada é a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Por isso, os tucanos garantem que não traçaram a estratégia eleitoral baseada na aprovação pessoal de Lula. "A nossa estratégia não será moldada pela popularidade do presidente", garante Sérgio Guerra.
Nas eleições municipais passada, pelo menos, não é isso que aconteceu. A imagem do Presidente foi disputada a tapa até pela oposição. Em Salvador, a campanha de Antonio Imbassahy (PSDB) mostrou imagens de Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) dizendo que daria uma "surra" em Lula, numa estratégia para desidratar o adversário que aparecia na frente nas pesquisas. Todos nós lembramos:Contrariado com a atitude de Imbassahy, ACM Neto (DEM) entrou na Justiça para que o tucano retirasse a propaganda do ar com medo de perder votos .Não deu certo. ACM Neto, não foi para o segundo turno
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