O Tribunal de Munique, que apura o pagamento de suborno pela Siemens em diversos países, disse estar disposto a colaborar com investigações no Brasil e revelou ter informações de que duas pessoas no País receberam 8 milhões de euros da empresa. "Tivemos uma excelente colaboração com outros países e não há motivo para também não ter isso com o Brasil", afirmou a procuradora alemã Hildegard Baeumler-Hoesl, responsável pelo caso.
A procuradora lamenta não ter poderes para investigar os dois brasileiros que teriam recebido transferências da empresa. "Isso teria de ficar a cargo do Brasil", disse. Dados fornecidos pela procuradora ao Estado indicam que a Siemens, na última década, subornou funcionários públicos nos principais mercados da América Latina para obter contratos de infra-estrutura.
A Siemens, que já enfrenta processos em 16 países, garante que vai fornecer todos os esclarecimentos que a Justiça brasileira eventualmente solicitar. "Se houver uma solicitação da Justiça brasileira, certamente vamos colaborar. Essa é a nossa política em qualquer país do mundo onde houver processo contra a nossa empresa", disse o porta-voz da Siemens na Alemanha, Jorn Roggenbuck.
A Siemens está sendo acusada de pagar propinas, para conseguir contrato para construção da Linha 5 (Lilás) do Metrô, fechado no ano 2000, que foi considerado regular pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Os contratos foram negociados com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). do governo Serra e Alckmin ,ambos do PSDB
Nós falamos desse caso em Agosto deste ano. Veja no arquivo:
Escândalo PSDB/Siemens
O candidato do PSDB Geraldo Alckmin minimizou a tentativa da bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar 146 contratos firmados entre o estado e a empresa alemã Siemens entre 2000 e 2006, período em que Alckmin era o governador paulista. "Se houver um fato (deve ser investigado). O que não pode haver é politicagem em véspera de eleição", afirmou.
De acordo com a denúncia, a Siemens gastou, 1,3 bilhão em transações suspeitas. Os petista ainda alegam que alguns contratos foram feitos em consórcio com a Alstom e tiveram um custo de R$ 2,75 bilhões. A multinacional francesa já está sob investigação por suposto pagamento de propina a tucanos para obter vantagens em contratos com o governo do estado.
Na Assembléia paulista, a bancada governista desde que o PSDB assumiu o governo do estado, nunca deixou que fosse aberta uma comissão de investigação que fosse proposta pelos partidos de oposição
Leia também em nosso arquivo:
Justiça investiga contrato do Metrô-SP com a Alstom e Siemens
Corrupção tucana na ALSTOM foi abafada na CPI dos Correios
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