O nível de emprego na indústria ficou praticamente estável na passagem de agosto para setembro, com variação de 0,1% . Em agosto, o setor havia verificado leve retração no número de empregos de 0,1% em relação a julho. Na comparação com setembro do ano passado, houve avanço de 2,2% - vigésima sétima alta consecutiva neste tipo de comparação. No ano, o emprego industrial acumula alta de 2,7% em relação ao mesmo período de 2007 e, no acumulado dos 12 meses fechados em setembro, a expansão alcança 2,9%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal e foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa mostrou, também, que o valor da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria aumentou 2,7% em setembro, depois de ter recuado 0,5% em agosto. Na comparação com o mesmo período de 2007, houve aumento de 7,9%. De janeiro a setembro, o acréscimo atinge 6,8%.
Na comparação com setembro do ano passado, as contratações superaram as demissões em 12 das 14 áreas investigadas, com destaque para São Paulo (2,6%), Minas Gerais (5,2%) e Rio Grande do Sul (3,3%). O levantamento também mostra que houve crescimento no número de postos de trabalho em 12 dos 18 setores pesquisados.
Entre os setores que aumentaram a oferta de emprego, máquinas e equipamentos (10,2%), meios de transporte (8,2%), máquinas, aparelhos eletrônicos e de comunicações (10,2%), produtos de minerais não-metálicos (8,1%) e alimentos e bebidas (1,9%) foram os que exerceram as maiores pressões positivas. No acumulado do ano, 11 locais e 12 ramos ajudaram positivamente no resultado.
Entre os setores, os destaques foram máquinas e equipamentos (12,1%) e meios de transporte (10,1%). Entre os locais, São Paulo (3,8%), Minas Gerais (4,6%) e Região Norte e Centro-Oeste (3,6%) foram as regiões que mais empregaram mão-de-obra nestes ramos durante o ano. De acordo com o IBGE, a evolução positiva dos índices de emprego industrial nos últimos meses "reflete maior dinamismo da atividade produtiva".
Em relação a setembro de 2007, verificou-se ganho salarial dos trabalhadores da indústria em todos as 14 regiões pesquisadas, com destaque para São Paulo (9,1%) e Minas Gerais (12,1%). Na comparação com setembro de 2007, a folha de pagamento da indústria teve expansão em 13 dos 18 ramos investigados, com os maiores impactos em transportes (16%), máquinas e equipamentos (12,4%), metalurgia básica (19,3%) e produtos de minerais não-metálicos (20,7%).
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