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terça-feira, 4 de novembro de 2008

José Serra economiza para campanha e não atende reivindicação salarial dos policiais


Sem atender à reivindicação salarial dos policiais civis em greve há mais de um mês e meio, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), quer aprovar ainda nesta semana quatro projetos de lei, enviados pelo Executivo, para tentar acabar com a paralisação.

Os projetos são para tentar diminuir a pressão dos policiais sobre o governo. Os deputados devem discutir e votar quatro dos cinco projetos do governo entre hoje e amanhã. Foram feitas 62 emendas, mas as elaboradas pela oposição, para aumentar o reajuste salarial, serão vetadas. "Imagine como seria se cada deputado resolvesse tutelar uma categoria profissional e dar o salário que quisesse", disse o presidente da Assembléia Legislativa, Vaz de Lima (PSDB). "Deputado não pode propor emendas que representem aumento de despesa para o Executivo", afirmou.

Os projetos enviados pelo Executivo prevêem um reajuste salarial bem menor do que o reivindicado pelos grevistas. Os policiais querem 15% de aumento neste ano, retroativo a março, 12% em 2009 e mais 12% em 2010. Já os aliados de Serra pretendem aprovar a proposta de reajuste de 6,5% para 2009 ano e 6,5% em 2010. Mesmo com toda a pressão da categoria policial, o Executivo deve ter facilidade para aprovar os projetos. Dos 94 deputados, apenas 23 são de oposição ao governo estadual. O PT diz obstruirá a votação, para protestar sobre o reajuste proposto pelo governo.

As entidades ameaçam continuar com a greve, caso o governo não atenda às reivindicações da categoria. As tentativas de negociação das entidades com o governo começaram em fevereiro, mas foram frustradas. Na semana passada, em audiência pública na Assembléia Legislativa, os policiais protestaram contra a falta de diálogo com o Executivo. "O país entrará em um momento de crise e qualquer aumento se refletirá no ano que vem", disse Vaz de Lima.

O Estado de São Paulo paga o Pior Salário Do Brasil aos seus policiais civis. Qual a justificativa para tal descalabro, uma vez que São Paulo é o Estado mais rico do país. A razão é simples: São Paulo, assim como Minas Gerais, é governado por integrantes do PSDB, que adotam a política neoliberal do Estado mínimo. Em poucas palvras podemos dizer que esta política consiste no seguinte: Privatizar "tudo", e investir o mínimo naquilo que não for possível privatizar e os funcionários que não estiverem satisfeitos que procurem outro emprego.

O governo de São Paulo conseguiu quando enviou um projeto, que embora não satisfaça os policiais, a assembléia legislativa do estado, sair da linha de tiro do movimento grevista. Jogou a responsabilidade para seus deputados, tirando o do foco das manifestações, e colocando a questão simples e clara, para um debate político. Com isso o governo do estado empurra o problema com a barriga, enquanto tenta enfraquece e desmotivar a luta iniciada há quase dois meses. Qualquer alteração no texto do governo, seja ela de 0,001%, será ela enviada ao poder executivo pra sansão do governador, e até ai, se estaremos de 2009.E mais será indeferida e um novo projeta será enviado novamente a assembléia. Até quando? Se o governo, pelo menos, sinalizasse agora, como reconhecimento da data base, poder-se-ia recorrer à justiça, pois os policiais já ganharam vaias ações contra o estado, que não são pagas ou calculadas por não ter uma data base. A polícia paulista tem o seu valor, e quer apenas ser reconhecida pelo governo.

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