A derrota rondou 60 parlamentares

A ampla maioria dos parlamentares que tentou a sorte na eleição municipal deste ano acabou derrotada. Dos 85 que disputaram a prefeitura nos seus municípios de origem, 60 voltaram para casa com as mãos abanando. Os senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ), Patrícia Saboya (PDT-CE) e Almeida Lima (PMDB-SE) estão no grupo dos derrotados. Crivella deixou de disputar o segundo turno no Rio de Janeiro após a alavancada do deputado Fernando Gabeira (PV), um dos 25 deputados bem-sucedidos na eleição.

O senador do PMDB de Sergipe viu do terceiro lugar a reeleição do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB). Patrícia Saboya acabou da mesma maneira e não foi capaz de evitar a vitória da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT).

O deputado ACM Neto (DEM) é o símbolo da derrota, ao acabar em terceiro numa disputa em que já apareceu como líder. A Bahia também tem outros parlamentares malsucedidos como Colbert Martins (PMDB) e Sérgio Barradas Carneiro (PT), que não conseguiram fazer frente à vitória de Tarcízio Pimenta (DEM), em Feira de Santana. Outro exemplo é o de Gonzaga Patriota (PSB), que disputou e perdeu a Prefeitura de Petrolina (PE).

Entre os 25 vencedores, 13 disputarão o segundo turno nas suas cidades, como é o caso do deputado Rômulo Gouveia (PSDB). Ele concorrerá a uma nova rodada com o prefeito Veneziano Vital (PMDB), repetindo a disputa de 2004, quando acabou derrotado. No rol dos bem-sucedidos parcialmente estão, por exemplo, Walter Pinheiro (PT), em Salvador; Maria do Rosário (PT), em Porto Alegre; Flávio Dino (PCdoB), em São Luís; e Luiz Carlos Hauly (PSDB), em Londrina (PR).

Alguns deputados nem retornarão mais a Brasília e começam a cuidar do governo de transição. Como é o caso do deputado Cristiano Matheus (PMDB), que venceu a disputa pelo pequeno município alagoano de Marechal Deodoro, além de Maria do Carmo Lara (PT), futura prefeita de Betim (MG), e Jusmari Oliveira (PR), em Barreiras (BA).