Pages

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Ecos da "crise" ABIN

Depois de ver a reação do senador Demóstenes Torres (DEMos) confessando que não esperava ver o Presidente agindo tão rápido, e depois de ver a NÃO REAÇÃO do falastrão Gilmar Mendes, a conclusão que chegamos é que a decisão do presidente Lula foi a mais acertada e tirou o chão da oposição, junto com Gilmar Mendes, na nova crise que quiseram plantar.

Agora o que era factóide político é inquérito policial, e as coisas foram colocadas em seu devido lugar.

A estratégia da oposição era bater na tecla da ilegalidade dentro do Estado, o tal "estado policialesco" (e vai continuar tentando isso na CPI dos grampos).

Para a denúncia ter efeitos políticos desgastantes, a oposição precisava que o governo ficasse imóvel, na defensiva.

Quando o governo afasta, durante as investigações, os acusados (ainda que levianamente) da ilegalidade (a cúpula da ABIN), mostra determinação em dar total transparência às investigações, e dá um choque de legalidade afastando servidores investigados de qualquer possibilidade de obstrução nas investigações.

Isso obriga o presidente do STF (em tese, também guardião da legalidade) a fazer o mesmo: colaborar com as investigações da Procurador Geral da República Antônio Fernandes de Souza e da polícia judiciária, que é a Polícia Federal.

É preciso lembrar que logo após a soltura de Daniel Dantas, Gilmar Mendes (absoluto no STF, durante o recesso de julho), recusou investigação da Polícia Federal no STF, quando surgiu o mesmo factóide de grampo.
Naquele episódio, o acusado de ser o mandante era o Juiz De Sanctis. Como a desembargadora denunciante não sustentou sua acusação, ficou a palavra do Juiz De Sanctis contra palavra nenhuma, esvaziando a acusação.

Desta vez, Gilmar Mendes e Demóstenes Torres terão que disponibilizar para a PF o sigilo do histórico telefônico para materializar a denúncia dos horários das chamadas.
Terão que permitir varreduras da PF em seus respectivos gabinetes.
Terão que prestar os depoimentos que a Procuradoria da República na condição de "vítimas".

Caso se recusem a colaborar com as investigações, serão fazedores de pizza, e sairão completamente desmoralizados do episódio, como prováveis autores do episódio para exploração política.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração