Aliados da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), conseguiram barrar ontem a criação de um grupo da Assembléia Legislativa para acompanhar as investigações da Procuradoria sobre o desvio de R$ 44 milhões no Detran gaúcho. A proposta da oposição não alcançou os sete votos necessários entre os 12 da comissão de serviços públicos. Os oposicionistas tiveram cinco votos contra quatro dos aliados de Yeda.
A descoberta da fraude no Detran resultou em ação criminal contra 40 pessoas -entre elas, o empresário Lair Ferst, que atuou na campanha da governadora. O esquema de desvio também foi apurado por uma CPI na Assembléia.
A Folha publicou entrevista com Ferst, acusado de ser um dos líderes do esquema. Ele afirmou que existem integrantes e ex-membros do primeiro escalão do governo gaúcho envolvidos na fraude que ainda não foram investigados.
"Era importante criar essa subcomissão porque a cada dia aparecem fatos novos relacionadas à fraude, e a CPI não conseguiu analisar todos os documentos", afirmou Fabiano Pereira (PT), que presidiu a CPI do Detran. "Houve CPI na Casa, a fraude já virou processo criminal. A oposição quer só armar um circo político", disse Paulo Brum (PSDB).
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