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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Café com o Presidente: desenvolvimento do Norte-Nodrdeste para combater desigualdades

Café com o prsidente de 18 de agosto:

Apresentador: Presidente, durante muitos anos o desenvolvimento do país foi direcionado para regiões já desenvolvidas do Brasil, deixando de lado regiões menores, o que ocasionou e muitas vezes reforçou a desigualdade. Hoje a realidade é outra. Por quê que é importante que o Governo olhe pra todas as regiões do país de forma mais igualitária?

Presidente: Luciano, esse foi um desafio que nós assumimos muito antes de ser presidente da República. Quando nós fizemos as Caravanas da Cidadania, entre 91, 92, 93, o quê que a gente descobriu? A gente descobriu que exatamente a parte que precisava mais do Estado, ou seja, do Governo era a parte que recebia menos do Governo. As universidades tinham menos doutores, tinham menos vagas, as empresas iam menos pra lá, menos investimento na agricultura, menos financiamento para a agricultura familar...e nós então resolvemos colocar em prática uma coisa que nós vínhamos construindo ao longo de vários e vários anos de tantas viagens que eu fiz pelo Brasil. Uma nação, pra se desenvolver, você tem que pensá-la globalmente. Depois que você pensá-la globalmente, aí você pensa ela regionalmente. E depois você pensa ela de forma microrregional, pra que você possa levar desenvolvimento pra todas as regiões do país de forma eqüânime, de forma a possibilitar que todas as regiões tenham a chance de se desenvolver. Se você permite apenas que haja a vontade do empresário, por exemplo, ele sempre vai querer levar a indústria para o centro mais desenvolvido, que tem mais universidade, que tem mais conhecimento tecnológico, que tem mais mercado, que tem mais rodovia, ferrovia, que tem mais infra-estrutura, e, sobretudo, que tem mais consumidor. Cabe ao Estado induzir essas empresas a investir em outras regiões do país, para que a gente possa desenvolver o país de forma mais justa. E é isso que nós estamos fazendo, é por isso que nós estamos levando os portos para o Nordeste, para o Norte. É por isso que nós estamos levando refinarias para o Norte e para o Nordeste, é por isso que nós estamos criando muitas universidades e escolas técnicas, é por isso que nós estamos formando mais doutores, é por isso que nós estamos fazendo mais investimento em pesquisadores, em ciência e tecnologia, pra quê? Pra que você possa desenvolver o Nordeste brasileiro, o Norte do país, e quando todos tiverem crescendo, a região mais desenvolvida vai produzir mais e vai vender mais. Aí você torna a sociedade brasileira tão justa que não precisa haver a imigração que existe hoje, ou seja, as pessoas podem viajar de férias, podem viajar pra passear, mas as pessoas certamente irão ter preferência de morar no seu estado natal, é por isso que nós estamos fazendo esse investimento de forma bem distribuída, ah, tem muito investimento em São Paulo, tem muito em Minas Gerais, tem muito no Rio, muito no Rio Grande do Sul, mas tem muito nos outros estados do Nordeste. E isso combinado com políticas públicas do Governo pra ajudar a parte menos favorecida da sociedade. É por isso que diminui substancialmente a desnutrição infantil, é por isso que o consumo cresce mais no Nordeste...por que? Porque as pessoas estavam praticamente ilhadas, sem poder consumir nada. Na medida em que o Estado chega com políticas públicas, com incentivo a empresas, aí as coisas começam a crescer. Nós temos três refinarias no Nordeste brasileiro, nós temos siderúrgica no Norte e no Nordeste, que nós vamos construir, nós temos ferrovia, nós temos hidrovia, tudo isso significa mais emprego, tudo isso significa melhor condição de vida e tudo isso significa mais igualdade entre as regiões brasileiras



Apresentador: Você está ouvindo o Café com o Presidente, hoje falando sobre desenvolvimento regional. Essa nova visão de que as várias regiões do país merecem e precisam de atenção, já tem dado resultado? Por exemplo, presidente, qual o papel do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, nessa situação?

Presidente: O PAC tem sido quase que um motor que alavanca esse desenvolvimento. Porque, se você analisar bem, você vai perceber que não tem hoje uma capital do país, inclusive as do Nordeste, que não tem muito dinheiro do PAC fazendo investimento em habitação, urbanização de favela, em saneamento básico, tudo isso significa o quê? Significa mais empregos, mais salário, mais distribuição de renda. Além do PAC, você tem outras obras importantes. Por exemplo, nós pretendemos fazer uma siderúrgica no Maranhão, uma siderúrgica em Fortaleza, no Ceará, uma refinaria em Fortaleza, uma refinaria no Maranhão, nós estamos fazendo a refinaria de Pernambuco, tem já um estaleiro Atlântico Sul pronto em Pernambuco e outras empresas que nós estamos mostrando para o empresariado a necessidade de fazer uma distribuição mais justa dos investimentos. Além disto, nós estamos já fazendo a refinaria de biodiesel, já inauguramos uma na Bahia, vou inaugurar outra em Quixadá, depois vou inaugurar outra em Montes Claros, em Minas Gerais, fazendo com que todo o potencial de investimento do Governo, e aí é que entra o PAC com uma força extraordinária, seja feito pra atender as necessidades básicas da população. E aí, hoje eu poderia dizer, sem medo de errar, que 90% dos municípios brasileiros têm obras do PAC. Isso significa mais dinheiro pros municípios, mais dinheiro pro Estado, mais emprego, mais salário, mais consumo, mais renda pra todo o povo brasileiro.

Apresentador: Muito obrigado, presidente Lula, até semana que vem.

Presidente: Obrigado a você, Luciano e até a próxima semana.

Apresentador: O programa Café com o Presidente volta na próxima segunda-feira. Até lá.

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