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sexta-feira, 11 de julho de 2008

As armadilhas plantadas de Dantas e usadas pelo PIG

O caso Daniel Dantas é demo-tucano até a medula. Não vacilem, senão o PIG cria outro falso "dossiê", ou pior, outro falso mensalão onde só governistas apanhavam.

Para agravar, jornalistas do próprio PIG fazem parte da quadrilha. Então desesperados e produzindo falsas notícias em causa própria.

Podem ter certeza que nos gabinetes de Senadores da Oposição, nas redações da Veja, Globo, nos escritórios de advogados de Dantas, já chafurdam um jeito para direcionar o escândalo Dantas para dentro do governo Lula e para cima de candidatos às prefeituras ligados à Lula.

Se abrir a caixa preta do Banco Opportunity, encontrará transações com o Banco Araucária (fato conhecido da CPI do Banestado), que já foi da família Bornhausen. É bem provável encontrar operações de grandes bancos nacionais, empresários de mídia. Laranjas de esquemas de corrupção, possíveis propinas das privatizações e outras negociatas.

Além disso, no desespero, os demo-tucanos enlameados querem dar o "abraço" ao governo para dividir a lama, acreditando que estariam criando condições para abafar o escândalo em um acordo político para preservar ambos os lados.

O próprio Dantas, com certeza, tem muito dossiê falso para vazar e produzir muito estrago eleitoral nas páginas do PIG. Depois das eleições seriam desmentidos, mas só depois.

É preciso saber separar investidas de Dantas em gente do governo Lula rechaçadas, das bem sucedidas. Só merece nosso repúdio, quem se vendeu.

Assédio de lobbies todo mundo recebe em Brasília, e vai continuar recebendo sempre. Parabéns a quem rechaça.

Na véspera da prisão de Paulo Maluf, ele telefonou para o então ministro da Justiça Márcio Thomáz Bastos, deixando recado na secretária eletrônica.

No dia seguinte Maluf foi preso. A gravação do telefonema apareceu no Jornal Nacional. Provavelmente foram os advogados de Maluf que divulgaram, com o objetivo de "testar alguma hipótese" de envolvimento do ministro da justiça. Não adiantou nada, porque não tinha a voz do ministro, e Maluf estava preso pela Polícia Federal subordinada ao Ministro.

Dantas também sempre procurou exibir vínculos com autoridades, como uma forma de salvo conduto. Com isso, se fosse flagrado por um funcionário de escalão mais baixo (como delegados e fiscais), a exibição de intimidade com o poder, intimidaria estes funcionários.

É normal malandros de alto calibre dispararem telefonemas para autoridades, inimigos, adversários, por motivo fútil, quando sabem que estão sendo investigados. Quando quebra-se o sigilo telefônico apareçam os números de autoridades honestas que nada tem a ver, misturados com autoridades corruptas de fato.
O objetivo é embaralhar as investigações, e esparramar o escândalo à tanta gente, que muitos inimigos e adversários dos corruptos (mesmo sem ter qualquer culpa) passam a preferir o arquivamento das investigações, para evitar desgastes políticos produzidos por boatos no PIG.

Essas práticas funcionavam muito na época dos governos demo-tucanos, onde era difícil quem não tinha telhado de vidro. Por isso havia tanto engavetamento.

Hoje, isso praticamente não funciona no governo Lula, porque já acostumou-se a enfrentar escândalos doa a quem doer. A resposta que o governo Lula dá às acusações que recebe do PIG vem das ações da Polícia Federal.

Não estranhem se Dantas e seus associados aparecerem em muitas outras gravações querendo assediar autoridades, políticos e demarcar território.

Da mesma forma que ele tentou subornar um delegado, com certeza tentou também investir contra diversas outras autoridades do governo Lula.

Quem não cedeu às sondagens de Dantas merece um atestado de idoneidade, tanto quanto o delegado Protógenes Queiros e Victor Hugo.

Também podem ter certeza de que algumas informações colhidas de Dantas são tão falsas como aquelas contas no exterior do presidente Lula e do delegado Paulo Lacerda, publicadas na Revista Veja antes das eleições.

Esse tipo de golpe de esperteza é antigo entre gente como Dantas, Nagi Nahas e outros. E funcionava na época demo-tucana: mistura-se falsos dossiês contra autoridades honestas com informações verdadeiras de falcatruas envolvendo políticos e autoridades corruptas no mesmo cofre.

Por exemplo: aquelas contas falsas de Paulo Lacerda, serviriam para dissuadir um delegado federal que apreendesse documentos de Dantas. A falsa conta no exterior, levaria o delegado a pensar que o chefe (Lacerda) estaria na "folha de pagamento" de Dantas. Assim, ou o delegado desonesto aceitaria suborno também, ou, se fosse honesto mas tivesse medo de "sobrar para ele", deixaria a investigação de lado.

Além disso, mesmo que o delegado fosse "Caxias", e levasse adiante uma investigação, um engavetador da república ao ver nomes de primeiro escalão citados, engavetaria para evitar escândalos políticos, como era feito antigamente.

O jogo do PIG e da oposição vai ficar cada vez mais pesado, porque gente deles também podem ir para a cadeia (daí o discursinho de "estado policial"), e não há lugar para ingenuidade.

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