Pages

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Kassab arrolado no prostíbulo e propina de R$ 60 mil

É o mesmo prostíbulo de luxo W.E., apontado como quartel general para lavagem de dinheiro da quadrilha que fraudava o BNDES, de acordo com investigações da Polícia Federal, na operação Santa Tereza.

Agora não é apenas o deputado Paulinho da Força que está envolvido.

Escutas telefônicas da Polícia Federal captaram novos envolvidos:

- Wilson Consani Júnior, coronel da reserva da Polícia Militar, que prestava serviços ao prostíbulo.

- Vereador Carlinhos (PR) - Antônio Carlos Rodrigues - presidente da Câmara dos Vereadores de São Paulo, ligado ao prefeito Kassab.

- Fabiano Alonso, genro e homem de confiança do gabinete do Vereador Carlinhos.

- Maneco - empresário Manuel Fernandes de Bastos Filho - um dos acusados de integrar a quadrilha.

- Felício Makhoul, construtor e proprietário do prédio que abrigava a W.E.

O objetivo da organização criminosa era impedir o fechamento da boate e do flat anexo usado pelas prostitutas. Eles queriam tempo para regularizar 182 m² de construção ilegal no edifício. O W.E. era o último prostíbulo de luxo que ainda funcionava em São Paulo - os demais já haviam sido fechados pela Prefeitura. O bando contava com o lobby para ficar aberto até o fim da gestão Kassab e, então, negociar com a nova administração da cidade.

Os problemas da W.E. com a Prefeitura começaram depois de uma blitz da Secretaria da Habitação, em 13 de março, que levou a organização a mobilizar seus contatos políticos. É quando Consani telefonou para Carlinhos. O coronel marca encontro com o vereador na Câmara e leva consigo Maneco.

NOME DE KASSAB ARROLADO E PROPINA DE R$ 60 MIL

Escuta telefônica no dia 1º de abril, Consani fala com Carlinhos, presidente da Câmara, e marcam encontro:

Consani: “Você conversaria 5 minutos comigo?”
Carlinhos: “Eu tô aqui. Acabando a sessão, eu estou às ordens.”

No dia 3, Fabiano promete ajuda a Consani:

Fabiano: “Fica sossegado, irmão, a gente tá vendo. Passei para o Carlinhos e ele se prontificou em ajudar e vamos tocar o pau.”

No dia 9, Fabiano conta a Consani que seu sogro está com o prefeito:

Fabiano: “O Carlinhos tá com o prefeito, e acho que ele vai despachar isso hoje. Ele tá na prefeitura falando com o Kassab.”

No dia 18, às 18h08, Maneco e Consani discutem supostos valores de propina:

Maneco: “Foi dado 20 paus para o escritório. Falou que era 10 e saiu 20. 2 mil, o outro já pegou.
5 mil, o chefe pegou pra ele. Isso aí dá um total de 47, certo? Tá faltando 13.” [O que totaliza R$ 60 mil].

No dia 18, logo em seguida, às 18h14, Maneco deixa recado para Felício, dono do prédio da W.E.:

Maneco: “Escuta, teve uma solução daquilo lá, entendeu? (...) Vai ter um custo de campanha aí, mas arredondou até o final do ano.”

Fonte: Estadão

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração