O boom no campo mudou a tendência de cerca de três décadas da mão-de-obra do setor agropecuário. Em vez de liberar trabalhadores para as áreas de serviços e da indústria, o campo voltou a contratar. A oferta de trabalho cresce desde 2005, mas no ano passado começou a se acentuar. Marcos Fava Neves, professor de Estratégia da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP), atribui a mudança à demanda mundial por alimentos e bioenergia e à conseqüente alta dos preços das commodities, que incentiva a produção de grãos e carne.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, o emprego formal no campo cresceu 5,83% de janeiro a abril de 2008 em relação a igual período de 2007, com 87,3 mil contratações. As admissões cresceram mais no Centro-Oeste (11,17%). A expansão da cana-de-açúcar determinou essa oferta de trabalho. Seguiram-se as regiões Sul (10,55%) e Sudeste (8,08%). O Nordeste perdeu 7,76% dos empregos, o que é atribuído à migração para outros estados com salários mais altos.
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