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quinta-feira, 19 de junho de 2008

'Economist': Brasil começa a se comportar como um país sério


Em um artigo publicado na edição desta quinta-feira do jornal espanhol El Pais, o editor para as Américas da revista britânica The Economist, Michael Reid, afirma que o Brasil "está começando a se comportar como um país sério".

Intitulado "Já é amanhã no Brasil", o texto comenta a política econômica do País nos últimos 15 anos e afirma que o progresso brasileiro foi baseado em "consensos democráticos, investimento privado e controle da inflação".

"O crescimento brasileiro, ao contrário do venezuelano, se baseia mais no investimento privado do que no gasto público. Diferentemente da Argentina, o Brasil não está permitindo que a inflação ponha em risco a estabilidade econômica", diz Reid em seu artigo.

Pontos positivos

O jornalista comenta ainda um discurso de Lula durante uma conferência da revista The Economist em Brasília, onde ele afirmou que sua fórmula política consistia em ser "conservador na economia e audaz na política social". "É uma fórmula que tem rendido frutos", diz o artigo.

Segundo o texto, os benefícios dessa fórmula poderiam ser observados pelo crescimento econômico de 5,5% registrado no ano passado, pelo fortalecimento das reservas e das contas públicas e pelo investimento estrangeiro, "que alcança níveis sem precedentes."

Além da política econômica adotada pelo governo, o artigo ressalta ainda que o país está se beneficiando da alta dos preços das matérias-primas, especialmente do ferro e da soja. No entanto, argumenta o jornalista, o aumento no valor das exportações só foi possível graças à eliminação das barreiras tarifárias, que tornou a indústria brasileira mais competitiva.

O artigo cita também a possibilidade de o Brasil se tornar uma superpotência energética, graças ao etanol de cana-de-açúcar, que seria outro fator para o crescimento econômico. Para reforçar o argumento de que o país estaria se comportando com mais seriedade, o editor afirma que "a democracia do país trouxe benefícios sociais e econômicos", citando mais uma vez a influência de FHC nas políticas de Lula, como a ampliação do programa social Bolsa Família.

"Essas iniciativas, combinadas com uma inflação baixa e um rápido crescimento, reduziram os índices de pobreza do país, que caiu de 48% em 1990 para 33% em 2006", diz o texto.

Ao fazer um balanço entre os problemas e sucessos do governo brasileiro em diversas áreas, o artigo conclui afirmando que "com seus vários defeitos, em muitos sentidos, o Brasil está começando a se comportar como um país sério".

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