Quem tinha visto na fumaça do charuto oportunidade para esticar o factóide ficou decepcionado.
O depoimento de Denise Abreu em audiência no Senado, esvaziou qualquer tentativa de inflar um escândalo.
Mesmo com sua mala de papéis vazia de denúncias, não conseguiu acusar ninguém a não ser desqualificar levianamente o Juiz Ayrob, e admitir sua própria incompetência para o cargo.
Em seguida foi desmentida pelos 3 outros depoentes do dia.
Assim como o "dossiê" virou "bancos de dados seletivo" nas palavras do assessor de Álvaro Dias, na CPI dos cartões, agora a "pressão" de Denise Abreu, virou "pressão psicológica".
Denise disse sofrer "pressão psicológica" só de entrar no palácio do Planalto. Disse que se sentia pressionada pelo próprio ambiente.
Fez um depoimento de 9 horas, confuso e pouco esclarecedor, não querendo se arriscar muito em acusar (porque não teria como sustentar as acusações).
Já à noite, Milton Zuanazzi fez um rápido depoimento detalhado e esclarecedor contando todo o histórico da venda da Varig. Afirmou que as informações estão todas documentados nos processos públicos, desfazendo as confusões que Denise Abreu plantou. Esvaziou todas as denúncias de Denise e do PIG.
O outro ex-diretor da ANAC, Leur Lomanto, também desmentiu ter recebido pressões do executivo federal.
O ex-procurador geral da ANAC, João Ilídio de Lima Filho, desmentiu Denise Abreu, que havia narrado que este fôra tirado do leito do hospital por um telefonema da Casa Civil, para fabricar um parecer favorável à venda da Varig.
Ele disse que fôra atendido no hospital para um tratamento respiratório, mas que voltou ao trabalho depois, a pedido de Zuanazzi, e só emitiu o parecer porque era o correto a fazer, e foi após verificar a documentação exigida dos compradores.
Também desmentiu que dois pareceres seriam contraditórios como acusou Denise Abreu, e que tenha agido por pressão da Casa Civil.
A oposição também foi de uma incompetência política digna de um José Agripino. Desviou a discussão para a questão jurídica da lei de recuperação de empresas. Era o que a base governista defendeu o tempo todo.
Também não havia muito o que extrair do episódio, porque não há nada de fato. O que a oposição ganhou foi espaço no PIG com manchetes falsas, que serviu para PROTEGER a CORRUPÇÃO demo-tucana na ALSTOM e da Yeda Crusius.
O PIG vai editar os "melhores momentos" para a oposição "faturar". Mas o depoimento completo, mostra que Dilma Rousseff e o governo Lula, se empenharam para salvar a Varig da falência e os empregos, no que fosse possível, sem nenhuma pressão ilícita.
A oposição, pouco se importa com os empregos preservados na Varig. Querem por que querem andar para trás, e anular o processo de recuperação de uma empresa privada, se for preciso, apenas para atingir o governo, mesmo que isso signifique jogar milhares de empregados da nova Varig na rua.
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