O tiro no pé dado pelo senador José Agripino Maia (DEM-RN) no depoimento da ministra Dilma Rousseff, no Senado, semana passada, acabou revelando uma certa insatisfação dos oposicionistas em relação ao papel de suas lideranças no Congresso Nacional. Muita gente está achando que chegou a hora de mudar a agenda, porque essa história de dossiê contra FHC e cia virou factóide que não vai levar a lugar nenhum.
José Agripino, que quebrou a cara ao cometer o disparate de acusar a ministra de mentir sob tortura, na ditadura militar, enquanto ele e sua família usufruíam as benesses do regime, é acusado de personalista. Da mesma forma, o senador tucano Arthur Virgílio (AM) é criticado por seu personalismo. Ambos são apontados como defensores de interesses pessoais, e de tratar apenas de picuinhas, onde apenas eles aparecem.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, e o deputado Jutahy Magalhães, da Bahia, defendem uma oposição mais consistente, com a colocação de temas mais sérios que tirem a oposição do buraco. Eles dizem agora, que querem uma pauta de assuntos que possam criar dificuldades para o governo e para o presidente Lula, antes que seja tarde demais. Radar Eletrônico de Olho na política
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