O Presidente Lula comemorou a oficialização por meio de assinatura de tratado da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), grupo formado por representantes dos 12 países da América do Sul, e disse que está de "alma lavada". Segundo ele, a formalização de um acordo como este vai integrar os países sul-americanos o que representa um progresso "gigantesco" pois, na visão de Lula, no passado ninguém imaginaria uma união com tal representatividade.
"Estou de alma lavada por que parecia impossível a quatro anos atrás, nós três (Lula, o presidente da Bolívia, Evo Moralles e a presidente do Chile, Michelle Bachelet) sentados nesta mesa comunicando que finalmente demos um passo importante em benefício da nação sul-americana", disse.
A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) reúne os 12 países da América do Sul e tem o objetivo de aprofundar a integração da região. A Unasul foi lançada hoje, em Brasília."Estou de alma lavada por que parecia impossível a quatro anos atrás, nós três (Lula, o presidente da Bolívia, Evo Moralles e a presidente do Chile, Michelle Bachelet) sentados nesta mesa comunicando que finalmente demos um passo importante em benefício da nação sul-americana", disse.
Lula lembrou que o tratado de constituição da organização, assinado pelos presidentes, não obriga nenhum país a abrir mão de seu Estado nacional, de decisões específicas e de acordos bilaterais. "Não é isso que queremos, queremos constituir políticas de consenso que permitam conjuntamente fazermos aquilo que sozinhos não temos forças para fazer".
A presidência pró-tempore da Unasul foi entregue por Evo Morales a Michelle Bachelet, que permanecerá à frente do recém-criado grupo pelo período de um ano. Ela destacou que um dos objetivos do grupo é fazer com que a voz dos países da região seja ouvida e levada em consideração na tomada de decisões. "A América do Sul pode ser um ator global".
Bachelet disse que o grupo não irá tratar apenas de questões regionais, mas também de temas globais, como as crises alimentar e energética. A presidente do Chile citou o tema energético como um dos que assumiram prioridade e falou sobre a crise de alimentos, afirmando que será um grande retrocesso se os países sul-americanos não enfrentarem unidos o tema da segurança alimentar e dos altos preços dos alimentos.
"Nas conversações entre os presidentes, surgiram diversas idéias de como aumentar a produção. Somos uma região que não tem escassez de alimentos, podemos ter escassez de alguns produtos em alguns países, mas não no conjunto", disse.
O boliviano Evo Morales confirmou a importância da complementaridade entre os países para resolver o problema da alimentação e da energia. "Nossa região é potencial no tema na energia renovável e não-renovável", considerou.
Lula disse que mesmo sem o dinheiro de blocos econômicos como a União Européia, a Unasul dará certo em "menos tempo do que qualquer outro processo de integração". No início da coletiva, Bachelet chamou a atenção para a diversidade da mesa, formada por um ex-líder sindical (Lula), um ex-líder indígena (Morales) e uma mulher. Disse também que desde o começo, o presidente Lula é um "pai" da Unasul por ser um ardente defensor da integração sul-americana.Com informações da Agência Brasil.
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