Os títulos da dívida externa do governo federal do Brasil passarão a ter uma demanda extra de US$ 12,5 bilhões a US$ 13 bilhões agora que o país obteve o segundo grau de investimento pela Fitch Ratings, confirmando a decisão da Standard & Poor"s do dia 30 de abril, estima a Lehman Brothers. É um total nada desprezível, dado que o estoque de papéis de dívida do Tesouro nas mãos dos investidores é hoje calculado em US$ 46,5 bilhões.
Os papéis do governo do Brasil terão demanda extra, pois passarão a ser incluídos nos índices de renda fixa da Lehman Brothers, possivelmente já no próximo mês, segundo disse Mauro Roca, analista da Lehman Brothers, ao Valor Econômico. Esses índices de crédito grau de investimento, que incluem países e empresas, são amplamente utilizados pelos investidores institucionais - fundos mútuos, de hedge, seguradoras e bancos. Mas só podem ingressar neles os títulos considerados grau de investimento por duas das três principais agências: Fitch, Standard & Poor"s e Moody"s.
"Para o mercado, agora o Brasil é oficialmente grau de investimento", disse Mauro Roca. segundo explicou, o país vai representar 0,17% do índice Lehman Aggregate, 0,38% do índice US Aggregate e 1,6% do índice US Credit.
Ontem, em meio à notícia do segundo grau de investimento, a Braskem conseguiu sucesso e captou US$ 500 milhões em títulos com vencimento em dez anos. Pagou rendimento de 7,375% ao ano, o que equivale a um prêmio de risco de 328,4 pontos básicos.
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