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quarta-feira, 14 de maio de 2008

Brasil terá mais negros do que brancos


Neste 13 de maio, militantes de movimentos sociais foram ao Supremo Tribunal Federal pedir que seja mantida a política de cotas do governo. Na celebração dos 120 anos da Lei Áurea, uma pesquisa previu que o número de negros no Brasil vai superar o de brancos até o fim deste ano.

A pesquisa, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), mostra que os negros no Brasil são mais pobres e cada vez mais numerosos.

Em 1976, os brancos eram 57,2% da população brasileira e os negros eram 40,1%. Trinta anos depois, o número de brancos caiu para 49,7% e o de negros subiu para 49,5%. Segundo o IPEA, ainda este ano, os negros vão superar os brancos e que a igualdade de renda entre negros e brancos só seria alcançada daqui a 32 anos, se forem mantidas as políticas atuais de transferência de renda.

O governo também divulgou o mapa da população negra no Brasil. Os negros são mais numerosos nas regiões marcadas por ciclos econômicos durante a escravidão. Pará, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

Representantes de movimentos sociais defenderam a adoção das cotas para negros nas universidades como forma de reduzir as desigualdades no país.

“As políticas de cotas são, na sua essência, um caminho para derrubar essas desigualdades e elas, sendo aplicadas, você estaria impulsionando essa base social marginalizado para um patamar de maior competitividade na busca de melhorar as condições de vida”, disse Gilberto Lealda Coordenação Nacional de Entidades Negras.
no Jornal Nacional ontem.

Representantes de vários movimentos sociais entregaram ao presidente do Supremo
Tribunal Federal, um manifesto de apoio à política de cotas, com 740 assinaturas. Eles pedem que o supremo considere constitucionais o Programa Universidade para Todos (Prouni), programa de bolsas do Governo Federal que dá preferência a estudantes negros, e a política de cotas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que estão sendo contestadas no Supremo.

O documento diz que, nos últimos cinco anos, houve um ingresso de estudantes negros no ensino superior maior do que jamais foi alcançado no século XX e que a política de cotas é coerente com os acordos internacionais de superação do racismo.

O manifesto foi entregue ao presidente do Supremo, Gilmar Mendes. “Queremos que os negros, os indígenas, brancos pobres, sejam portadores de políticas públicas que transformem o Brasil em uma nação ideal, onde todos tenham dignidade”, declarou Frei Davi, chefe da ONG Educafro.

A Folha é contra as cotas

O editorial da Folha de hoje, trata do assunto Políticas de Cotas, nele, deixa claro a posição do dono do jornal. Contra!

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