Mal fazem 4 meses que terminou a reforma na calçada da Av. Paulista (São Paulo, capital), e pelo menos o cimento já está comprovadamente corrompido: a obra já apresenta rachaduras.A área que possui mais rachaduras fica na altura do número 200, em frente ao Hospital Santa Catarina.
O secretário de Coordenação das Subprefeituras e subprefeito da Sé, o tucano Andrea Matarazzo (nomeado por José Serra, ex-ministro de FHC, e vendedor de parte da CESP no governo Covas), disse considerar "normal" obras novas apresentarem defeitos.
Segundo ele, a empresa Engeform, que recebe R$ 8 milhões pela obra, consertará as rachaduras por conta própria. Melhor seria mandar refazer tudo decentemente.
Para o cidadão paulistano fica sempre a sensação de ter pago por um serviço porcaria, que não vai durar muito tempo sem precisar de novas reformas.
Haverá também a repetição do transtorno que a obra provocou, em uma área de alto tráfego de pedrestes.
Espera-se que pelo menos a calçada não "engula" pessoas como o buracão do Metrô.
SINAIS DE LICITAÇÃO DIRIGIDA E R$ 163 MIL NO CAIXA DE CAMPANHA
Quatro empresas se candidataram para fazer a reforma das calçadas no ano passado.
A Prefeitura desclassificou 3 empresas alegando que não cumpriram todos os requisitos exigidos para a obra (Trix, a Consladel Construtora e a Villanova Engenharia).
Reforma de calçada é uma obra muito elementar em engenharia para se alegar falta de capacidade técnica, o que colocou a licitação sob suspeita de favorecimento.
Na abertura do único envelope, apenas a Engeform concorreu sozinha, orçando a obra em R$ 8.123.000,00 pouco abaixo do preço limite estipulado pela prefeitura, que era de R$ 8.205.000,00.
Em 2006, a empreiteira Engeform Construções e Comércio Ltda doou R$ 163 mil para a campanha de José Serra a governador.
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